O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região irá se unir a dezenas de trabalhadores, movimentos sociais, entidades e população, neste sábado (6), às 9h, na carreata “Fora, Bolsonaro”, a favor do impeachment do presidente e para reivindicar: vacinação para todos, a volta do auxílio emergencial e empregos.

A carreata terá concentração inicial na Praça da Paz, em Bauru, e depois seguirá pelas principais avenidas da cidade. O Sindicato irá disponibilizar o carro de som e acompanhará todo o percurso.

Desde janeiro, atos como esse se espalham por todo o Brasil. No dia 31, cerca de 26 cidades em todo o país realizaram mobilizações ao longo do dia, sendo 17 capitais: Belém, Porto Velho, Maceió, Salvador, Fortaleza, São Luís, João Pessoa, Teresina, Natal, Aracaju, Campo Grande, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Agora, chegou a vez de Bauru!

Vacinação para todos!

Há duas semanas, a média móvel de mortes por Covid-19 tem sido superior a 1 mil por dia. No total, já são mais de 228 mil mortos e mais de 9,3 milhões de pessoas infectadas e, infelizmente, essa situação pode piorar ainda mais, já que uma nova cepa do vírus ainda mais contagiosa e letal circula pelo país.

Para combater de frente o coronavírus e frear as mortes e contágios, a vacinação deveria ser realizada em toda a população o mais rápido possível, no entanto, o governo Bolsonaro não priorizou a aquisição e a produção de vacinas, e por isso o país não tem doses suficientes para imunizar os brasileiros.

Além disso, a falta de planejamento do Ministério da Saúde, contribuiu para a lentidão da aplicação das doses. Enquanto diversos países seguem em ritmo acelerado de vacinação, no Brasil, apenas cerca de 2 milhões de pessoas foram vacinadas em todo o país em duas semanas, sendo que o país tem cerca de 30 mil profissionais de saúde contratados para fazer a vacinação, podendo, segundo pesquisadores, imunizar 900 mil ou até 1 milhão de indivíduos diariamente.

Volta do auxílio emergencial!

Com o fim do auxílio emergencial em dezembro, o mês de janeiro registrou um salto na taxa de pobreza extrema no país. Conforme levantamento da FGV Social, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 por mês. São quase 27 milhões de pessoas nessas condições. No segundo semestre de 2020, a taxa de extrema pobreza era de 4,5% (9 milhões de pessoas).

Diante da crise econômica que já assolava o Brasil antes da pandemia e com o agravamento dela pós-crise sanitária, o auxílio emergencial foi a única fonte de renda para 36% dos cerca de 65 milhões de brasileiros que receberam o benefício no ano passado.

Por isso, é preciso que os brasileiros cobrem do governo Bolsonaro a volta do auxílio emergencial, pois sem ele, mais milhares de pessoas passarão fome e não terão como sobreviver.

De acordo com a CSP-Conlutas, só de juros e serviços da ilegal Dívida Pública com os bancos, para este ano, estão reservados R$ 2,2 trilhões do Orçamento da União.

“Basta suspender por apenas um ano o repasse dessa dívida, que nunca foi sequer auditada, e teríamos a garantia de auxílio emergencial por dois anos, no valor de um salário mínimo, para todas as 65 milhões de pessoas que estavam recebendo os R$ 600”, destaca a central sindical.

Mais empregos, já! 

A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,1% no trimestre de setembro a novembro de 2020 e atingiu 14 milhões de pessoas, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Desde 2012, início da série histórica da pesquisa, foi a taxa mais alta já apresentada. Em comparação com o mesmo período de 2019, que foi de 11,2%, foram 2,9 pontos percentuais a mais.

Sem a vacinação urgente da população contra a Covid-19, esse número irá saltar ainda mais. Desde o início da pandemia, milhares de trabalhadores não tiveram seus empregos mantidos e o governo Bolsonaro contribuiu para a elevação dessa taxa de desemprego, criando poucas medidas de proteção.

Por todas esses ataques e irresponsabilidade do governo Bolsonaro, o Sindicato reforça aos trabalhadores a importância da luta pelo impeachment do presidente. Sem a queda de Bolsonaro, a vida, a dignidade e os direitos dos brasileiros será colocada ainda mais em risco.

Vamos à luta na carreata de sábado! Participem!

Fora, Bolsonaro! Vacinação para todos! Pela volta do auxílio emergencial! Mais empregos, já!