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Segunda rodada de negociações com a Caixa discute teletrabalho, capacitação, segurança dos trabalhadores vítimas de sequestro ou assalto, entre outros pontos

17/07/2024

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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No dia 12, foi realizada a segunda mesa de negociações entre o movimento sindical e representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) referentes à Campanha Salarial 2024. A reunião abordou temas como questões relacionadas à jornada de trabalho, segurança bancária, pausas para descanso, capacitação profissional, política de trabalho remoto, reivindicações de funcionários PcD, reabertura das Gipes e acesso a comunicados internos.

A CEF também foi cobrada para que apure as denúncias veiculadas na imprensa de que gerentes do Caixa Asset perderam suas funções após darem parecer negativo às compras de letras financeiras do Banco Master, procedimento considerado arriscado demais para o banco público.

Apesar da abertura da Caixa em ouvir as reivindicações, o movimento sindical entende que é momento do banco iniciar suas devolutivas às propostas para que os acordos sejam estabelecidos sem pressa, já que a data-base, 1 de setembro deste ano, se aproxima. A terceira mesa de negociações será na sexta-feira, 19 de julho, com tema “Diversidade e Igualdade”.

Jornada e teletrabalho

Foi solicitada a proibição da prática de ‘horas negativas’ – quando gestores pedem para funcionários deixarem horas negativas para serem pagas de acordo com a necessidade do banco, pois não há permissão para banco de horas. Assim, o bancário trabalha além da sua jornada sem receber pelas horas extras. A Caixa afirmou que o RH035 proibe tal prática.

Também foi tratado a respeito da redução da jornada de trabalho para 20 horas semanais, sem redução de salário. As agências continuariam operando de segunda a sexta-feira, mas os funcionários trabalhariam apenas quatro dias na semana, em modelo de escala. O movimento sindical destaca que entidades nos Estados Unidos e na Europa adotaram a prática e obtiveram resultados positivos, como o aumento da produtividade e rentabilidade, melhora na saúde e estresse dos funcionários e, consequentemente, menor número de afastamentos.

Em relação ao teletrabalho, foi ressaltada a importância de clausular detalhadamente a política de trabalho remoto na Caixa, para evitar que a modalidade vire moeda de troca do gestor, casos de assédio e uso da modalidade para cobrança de metas.

Segurança bancária

Uma das reivindicações é relacionada ao procedimento nos casos de funcionários vítimas de sequestro e/ou assalto em agências. O movimento sindical pede que os direitos médicos, jurídicos e psicológicos sejam estendidos a todos os afetados, mesmo que não sejam dependentes ou familiares do funcionário da Caixa.

Inclusive, foram solicitados relatórios desses procedimentos, para verificar se os custos desses direitos – de responsabilidade da Caixa – estão, de alguma forma, caindo sobre os funcionários por meio de repasses ao Saúde Caixa, que fornece alguns dos serviços relacionados.

Por fim, também foi requisitado o reforço da orientação de que as agências vítimas de assalto ou sequestro devem permanecer fechadas até que os trabalhadores tenham condições físicas e mentais de retornar ao trabalho, e desde que a estrutura da agência não tenha danos que comprometam a segurança dos funcionários e clientes.

Pausa para descanso

Quanto às pausas para descanso, a categoria reivindica o intervalo de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados para os funcionários de todas as funções. A medida diminui a incidência de LER, além do descanso amenizar o adoecimento, principalmente mental.

Capacitação profissional

O movimento sindical destacou a importância dos bancários terem direito a seis horas mensais para estudos à distância junto à Universidade Caixa, em um espaço específico dentro da própria unidade onde trabalha.

A escala dos funcionários deverá ser organizada em escala de acordo com o estudo previsto de cada um deles. Se os trabalhadores não tiverem tempo para se capacitar, não poderão usufruir de promoções – que, inclusive, exigem capacitação.

Se a Caixa alegar que isso não é possível por falta de tempo, será mais uma comprovação de que há número insuficiente de funcionários e sobrecarga de trabalho entre eles.

Comunicados

Atualmente, o movimento sindical não possui acesso aos comunicados que são enviados pela Caixa aos funcionários – e pede que os mesmos sejam, também, encaminhados aos dirigentes sindicais. Também solicita que os comunicados enviados pelos sindicatos sejam repassados, por e-mail, pela CEF aos trabalhadores.

Gipes

Na reunião, a Caixa informou que atenderá representação dos trabalhadores e reabrirá as Gerências Regionais de Pessoas (Gipes) a partir de 5 de agosto, mesmo que, na data, alguma das equipes esteja incompleta.

Calendário

19/7 – Diversidade e Igualdade

26/7 – Saúde

7/8 – Em definição

14/8 – Em definição

21/8 – Em definição

28/8 – Em definição

 

 

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