O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre de 2022. O resultado é 23,5% menor do que o alcançado no segundo trimestre de 2022, quando obteve R$ 11,211 bilhões.

O retorno gerencial sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 15,6% no 3º trimestre deste ano e 19,0% nos 9 meses de 2022. O lucro obtido no Santander Brasil representou 27,7% do lucro global que foi de € 7.316 bilhões, alta de 14,7% em doze meses e 3% no trimestre.

A margem financeira bruta atingiu R$ 12,598 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 1,4% em relação ao 2º trimestre. Em 9 meses, a margem totalizou R$ 39,311 bilhões nos 9 meses.

Crescimento na carteira de crédito

A carteira de crédito atingiu R$ 484,252 bilhões, representando crescimento de 7,5% se comparado com o mesmo período do ano anterior. O destaque foi a carteira de pessoas físicas, que cresceu 11,0% nesse mesmo período, principalmente pelo Crédito Consignado e Imobiliário.

Fechamento de postos de trabalho e terceirização

No terceiro trimestre deste ano, foram fechados 835 postos de trabalho. Em relação a setembro de 2021, foram fechadas 307 agências e 104 PABs. Além disso, desde 2020, cerca de 9 mil bancários foram terceirizados.

O Santander atribuiu a queda no resultado do 3º trimestre aos “maiores gastos com pessoal, que cresceu 6,3% no trimestre impactadas pelo acordo coletivo aplicado sobre a base salarial da companhia a partir de setembro de 2022″.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Santander deveria ter vergonha de culpar o reajuste salarial rebaixado dos trabalhadores pela  queda no resultado, afinal, em setembro de 2022, a cobertura das despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 191,74%, ou seja, as receitas de prestação de serviços e tarifas cobriram quase duas vezes a folha de pagamento do banco.

(Na foto, protesto realizado pelo Sindicato denuncia a condenação do Santander por danos morais coletivos em razão de metas abusivas, assédio e adoecimento dos funcionários)