Os representantes do movimento sindical que estão negociando a renovação da convenção coletiva dos financiários voltaram hoje (1), à mesa de negociações com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi).
Esta será a segunda reunião de negociação, a primeira foi realizada em 3 de julho, quando a Fenacrefi acenou com a renovação da CCT por dois anos e marcou uma nova reunião para o dia 10, que foi cancelada junto com o pedido de suspensão temporária das negociações.
Na semana passada, os representantes das financeiras enviaram uma proposta por e-mail, que foi imediatamente rejeitada. Na proposta, Federação oferecia para o primeiro ano de vigência da CCT, 1,13% de reajuste nos salários e nos salários de ingresso com abono de R$ 1.000,00 e benefícios com reajuste pelo INPC (2,0501%). Já para o segundo ano, propôs aumento dos salários, inclusive os de ingresso e benefícios com reajuste de 80% do INPC do período junho/2020 a maio/2021.
A Fenacrefi também queria alterar as regras de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), fixando como limite o percentual de 5% do lucro líquido. Esse ponto também foi rejeitado pelos representantes sindicais, que reivindicam a manutenção, na íntegra, das regras já estabelecidas na CCT vencida, apenas aplicando a correção dos valores pelo INPC.
Outro ponto da proposta rejeitada pelos representantes dos trabalhadores foi a recusa da inclusão na CCT de um aditivo de combate à violência contra a mulher. Os trabalhadores reivindicam que o tema seja tratado em aditivo, para adesão das financeiras.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região espera que a negociação de hoje traga avanços concretos para os trabalhadores. Lembrando que a data-base dos financiários é 1º de junho, portanto, a CCT da categoria está vencida há três meses.