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Novo coordenador da operação Greenfield propõe enviar investigação à PF: ‘Não estou aqui para trabalhar muito’

28/12/2020

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De acordo com o jornal “O Globo”, o novo coordenador da Operação Greenfield, procurador Celso Três, enviou um ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) sugerindo o envio das apurações de competência da força-tarefa à Polícia Federal (PF).

A operação policial Greenfield foi criada em julho de 2016 para investigar desvios nos maiores fundos de pensão do país. A ação apurou desvios na Caixa Econômica Federal e foi a responsável pela apreensão das malas de dinheiro com R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Michel Temer. A operação também resultou nas denúncias de políticos envolvidos, como Temer, os ex-deputados Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, além de Geddel e de Lúcio Funaro.

Celso Três, também sugeriu aos colegas que a força-tarefa estabeleça uma linha de “produção de acordos de não persecução penal”, para encerrar os casos em investigação.

“Decididamente, não estou aqui para trabalhar muito. Já o fiz na ‘gringolândia’ (roça, região italiana do RS) e, chegado a Porto Alegre a bordo do êxodo rural, servido por apetitoso ‘x-mico’ (pão e banana) no correr de largo tempo. Ou seja, trabalhei pela sobrevivência, não porque achasse bom. Hoje, quero é jogar futebol”, afirmou o novo coordenador da operação.

No ofício enviado à PGR, Celso também alega que nenhum dos atuais sete membros voluntários da força-tarefa estão na sede da apuração, em Brasília, e critica a “imprevisibilidade” do presidente Jair Bolsonaro.

“Sequer sabemos da chefia, exmo. PGR Aras logo finalizando mandato. Do Presidente Bolsonaro temos apenas uma previsibilidade: sua imprevisibilidade. Mais que previsível, certo, é que esta ‘batata quente de Greenfield seguirá assando nas nossas mãos’. Poder é amoral”, afirmou.

Sobre os fundos de pensão, Celso afirmou que é necessário tirá-los da “zona de conforto”, destacando que os próprios devem ajuizar as ações na Justiça em caso de fraudes e irregularidades.

Escolhido em novembro para coordenar a Greenfield, Celso não teve boa recepção de um grupo de procuradores dentro do Ministério Público, que pediu para a PGR reconsiderar sua nomeação, alegando que o procurador não poderia assumir a força-tarefa sem se tornar titular do ofício da Procuradoria da República no Distrito Federal, responsável pela operação.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a afirmação do procurador de não querer “trabalhar muito” já resume o futuro da operação Greenfield. Infelizmente, prescrições e impunidade estão à caminho.

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