Nessa segunda-feira, dia 24, a Contraf teve reuniões com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal sobre questões que afetam diretamente a remuneração dos bancários. Em resumo, nada houve de avanço — no caso do BB, apenas retrocesso, e no da CEF, apenas indefinições.
A reunião com o BB girou em torno da PLR linear, que o banco quer diminuir pela metade. No acordo coletivo atualmente em vigência (ACT 2018-2020), a instituição distribui 4% de seu lucro líquido linearmente entre os funcionários; agora, quer reduzir esse percentual para 2%.
Fazendo-se um apanhado das reuniões anteriores, o BB só tem oferecido corte de direitos: redução do tempo de avaliação necessário para retirada de comissão de função; proibição da acumulação e venda dos cinco dias de folga a que o funcionário tem direito a cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outras subsidiárias do banco.
Caixa
Quanto à Caixa, o banco afirmou que aguarda a Fenaban para apresentar sua proposta de PLR, mas já lembrando que existe um limite para o pagamento da PLR na resolução 09 da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest): no máximo, 25% do que a empresa paga de dividendos para o controlador, o que limitaria a distribuição para 6,25% do lucro líquido (que deve ser substancialmente menor este ano).
A Contraf ainda cobrou que as agências não abram mais aos sábados (já que não há mais justificativa), que haja o pagamento de remuneração ou compensação aos empregados que trabalham aos sábados e não marcam ponto, e, por fim, a apresentação de uma proposta global para ser apreciada nas assembleias. O banco apenas respondeu que vai reavaliar a necessidade de abertura das agências aos sábados.
Assembleia
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realiza hoje, às 18 horas, assembleia presencial na sede da entidade (rua Marcondes Salgado, 4-44, no Centro de Bauru) para melhor discutir as propostas da Fenaban, do BB e da CEF até o momento.
Após a assembleia, por volta das 18h30, os bancários vão promover uma carreata em protesto contra as migalhas que os bancos têm oferecido.
