Na reunião de ontem, dia 18, a Fenaban surpreendeu os representantes do movimento sindical com a proposta de redução da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Quanto às demais reivindicações, como aumento salarial, emprego, saúde etc., nada foi falado — isso só deve acontecer na próxima reunião, nesta quinta-feira, 20.
Para começar, a federação dos bancos propôs reduzir de 7,2% para 7% o limite mínimo de distribuição do lucro líquido no primeiro semestre em exercício.
Além disso, a antecipação da PLR (que atualmente é de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.474,38, com limite de R$ 7.909,30) passaria a ser de 43,2% do salário mais um fixo de R$ 1.179,50, com limite de R$ 6.327,44.
A regra básica da PLR anual corresponde, hoje, a 90% do salário mais o fixo de R$ 2.457,29, com limite de R$ 13.182,18. Pela proposta da Fenaban, cairia para 72% do salário mais um valor fixo de R$ 1.965,50, com limite de R$ 10.545,74.
Mas ainda há outras perdas. Segundo noticiou a Contraf, “o percentual da parcela adicional, por exemplo, retornaria ao patamar de 2012”, “os valores fixos teriam redução de 20%, retornando ao patamar entre 2014 e 2015”, e “o acelerador da regra básica retornaria ao patamar de 2007”.
Por fim, ainda de acordo com a Contraf, “a Fenaban também faz ajustes na redação na base de cálculo para o salário base acrescido das verbas fixas de natureza salarial”. Essa mudança afetaria bancários de vários estados onde os bancos pagam gratificação semestral — as perdas chegariam a quase 50%.
Felizmente, a confederação dos trabalhadores do ramo financeiro tomou a única decisão possível nesse caso, ou seja, rejeitou a proposta.
Veja na tabela abaixo a comparação entre a PLR do ano passado e a deste ano, caso as regras sejam alteradas ao gosto dos banqueiros: