O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito civil público para investigar os casos de assédio sexual praticado pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Celso Leonardo Barbosa, considerado um dos principais aliados de Guimarães na instituição, também é alvo das investigações.
A apuração preliminar do caso já estava em andamento, contudo, ao considerar os fatos narrados pelas vítimas, o procurador Paulo Neto converteu a notícia crime em inquérito civil.
O MPT determinou que a Caixa seja notificada para anexar ao inquérito civil em até 10 dias uma cópia integral dos procedimentos administrativos abertos após o banco receber, em seu canal interno, 14 denúncias contra o ex-presidente entre 2019 e 2022. Além disso, determinou que o banco apresente cópias integrais de “eventuais procedimentos administrativos” sobre duas denúncias que teriam sido feitas por uma funcionária no canal “Viva Voz” e esclareça a existência de outros.
Abusos
No fim de 2021, um grupo de empregadas que trabalham ou trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, decidiram romper o silêncio e denunciar ao Ministério Público Federal o assédio a que vinham sendo submetidas pelo, até então, presidente do banco. No final de junho deste ano, as denúncias ganharam repercussão nacional, fazendo com que Guimarães pedisse demissão do cargo.
Os relatos de assédio sexual são chocantes e incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando: toques íntimos sem consentimentos; falas e abordagens inconvenientes e convites incomuns e desrespeitosos. Veja aqui a reportagem completa do caso.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região reafirma que repudia veemente a violência sexual praticada por Pedro Guimarães. Justiça a todas vítimas!