Ao contrário do que Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes têm afirmado aos quatro ventos, de que os indicadores econômicos do Brasil estão “bombando” e cada vez mais favoráveis, a realidade mais uma vez acabou com a farsa da dupla.
A prévia do PIB (Produto Interno Bruto) caiu 1,13% em agosto. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central teve um recuo acima do esperado pelo mercado financeiro, que estimava uma retração próxima de 0,3%. Esta foi a maior queda registrada desde março de 2021, quando o Brasil sofria as consequências da segunda onda da Covid-19.
80% das famílias brasileiras estão endividadas
O endividamento das famílias brasileiras bateu terceiro recorde seguido no mês de setembro. Segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgado no dia 10, 79,3% das famílias estão com dívidas a vencer.
O aumento de 0,3% em relação a agosto foi puxado pelos consumidores de menor renda. Cerca de 80,3% das famílias com renda mensal inferior a dez salários mínimos afirmam que estão com débitos em atraso.
Desde que a pesquisa começou a ser feita no país, em 2010, esta é a primeira vez que a proporção de endividados entre a faixa de menor rendimento ultrapassa a marca de 80%.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o resultado do PIB aponta para uma possível recessão no país, gerando aumento do desemprego, queda na renda familiar e retração na produção. Além disso, a queda do índice expõe a ineficiência das medidas eleitoreiras adotadas pelo governo Bolsonaro, que tentam iludir os brasileiros com uma falsa melhora na economia.