Ontem (22), os bancários do Banco do Brasil foram surpreendidos com uma orientação interna no banco convocando os funcionários que coabitam com familiares que se enquadram no grupo de risco de coronavírus e que tenham filhos pequenos, para retornarem ao trabalho presencial, a partir do dia 27 de julho.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, essa atitude irresponsável do Banco do Brasil coloca em risco a vida dos funcionários e seus familiares, pois diversos trabalhadores moram com pais idosos e com pessoas com comorbidades. Expor esses funcionários ao risco de contágio nas agências é anular todas as medidas de precaução que estavam sendo tomadas desde o início da pandemia.

Além disso, o banco não está considerando a situação em que estão vivendo os bancários com filhos, que não podem deixá-los na escola ou creche enquanto trabalham, já que as aulas ainda não retornaram e a previsão é que retornem de forma escalonada somente em setembro.

O Sindicato contatou a DIPES (Diretoria de Pessoas) e recebeu a informação de que esses casos apenas passam a se enquadrar obrigatoriamente nas formas de trabalho disponíveis, o que inclui home office. A entidade entrará em contato com os gestores regionais para fazer valer a orientação da Diretoria e não aceitará qualquer tipo de abuso.

“Se for preciso, levaremos o nome do gestor que insistir nesse erro ao Ministério Público do Trabalho”, enfatiza Paulo Tonon, bancário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato.

Na foto, Tonon denuncia à população o descaso do Banco do Brasil com a saúde dos funcionários e alerta ao risco de contágio nas agências.