O movimento sindical tentou, mas o Santander seguiu irredutível e confirmou, na segunda-feira (21), que as horas não trabalhadas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo devem ser compensadas por seus empregados.

No início do mês, o Comando Nacional dos Bancários havia enviado um ofício ao banco solicitando o abono das horas não trabalhadas. Já o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, entrou em contato com Comando, solicitando a realização de negociação coletiva nos termos da cláusula 67ª da Convenção Coletiva de Trabalho vigente.

A cláusula determina que “eventual judicialização das matérias atinentes às relações de trabalho deverá ser precedida, obrigatoriamente, de negociação coletiva”. Entretanto, até esta terça-feira (22), não havia nenhuma resposta do Comando para a solicitação.

O banco também foi informado pelo Sindicato que a entidade pretendia buscar na Justiça o abono das horas, caso não houvesse negociação favorável aos funcionários. Se porventura, o Comando não levar a pauta para negociação coletiva ainda nesta semana, o Sindicato irá ajuizar uma ação contra a compensação compulsória de horas do Santander.

Exploração

O horário especial de atendimento ao público nas agências bancárias, nos dias de jogos da seleção brasileira de futebol durante a Copa do Mundo, foi estabelecido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) levando em conta questões como a segurança das agências e de transporte de valores.

Nos jogos realizados às 12h, os bancos dos estados com horário igual ao horário de Brasília devem funcionar das 9h às 11h e das 15h30 às 16h30. Já nos jogos realizados às 13h, as agências devem funcionar das 8h30 às 11h30, e nos jogos das 16h, das 9h às 14h.

Para a entidade, o Santander – única instituição que está exigindo a compensação – está explorando os trabalhadores.