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Ignorando a fase vermelha, Bauru é uma das cidades com menor isolamento de SP

12/03/2021

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O governo do Estado de São Paulo divulgou na quarta-feira (10), que Bauru está entre as 20 cidades com menor índice de isolamento social na pandemia de coronavírus. Ao todo, 139 municípios são acompanhados pelo monitoramento do governo.

Um dia antes do anúncio, no dia 9, Bauru registrava isolamento de apenas de 38% da população, mesmo patamar alcançado por Sorocaba, Itatiba e Catanduva. Em condição pior, estavam somente Arujá, Barueri, Cajamar, Guaratinguetá, Jandira, Marília, Nova Odessa, Piracicaba, Poá e Santa Bárbara d’Oeste, com isolamento de 37%; Itu, Presidente Prudente e Salto, com 36%; e Jundiaí, com 35%.

O monitoramento é realizado a partir de um acordo com operadoras de telefonia e com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que fornecem dados agregados e anônimos sobre o deslocamento de pessoas nos municípios mapeados.

Apesar da cidade estar há semanas na fase vermelha do Plano São Paulo, parte da população, empresários, comércio e principalmente a prefeita Suéllen Rosim (Patriota), não têm respeitado as medidas de restrições, segurança e higiene. A prefeita, que no mês passado participou de uma manifestação contra o governador João Doria, onde subiu em um carro de som com dezenas de pessoas para falar da situação do município – sem utilizar máscara de proteção -, e poucos dias depois, cantou durante um evento com aglomeração realizado em uma igreja evangélica, tem buscado na Justiça maneiras de flexibilizar as restrições que combatem a disseminação do coronavírus. Vale lembrar que enquanto Suéllen participava dos eventos, a cidade tinha 98% dos leitos ocupados.

Nesses três primeiros meses do ano, a cidade tem registrado diariamente alta no número de casos e óbitos. Ontem (11), a Prefeitura de Bauru, por meio do Departamento de Saúde Coletiva, informou mais dois óbitos pelo novo coronavírus no município, totalizando 457 vítimas fatais. Há, ainda, quatro mortes em investigação. Ao todo, 29.876 bauruenses já foram infectados desde o início da pandemia.

Superlotadas, as unidades hospitalares de Bauru correm risco de colapsar. No Hospital Estadual (HE), o índice de ocupação é de 110% e, juntando toda a região do DRS-6, a taxa é ainda maior: 115%.

Fase emergencial

Diante do aumento de casos e mortes por Covid-19 e o iminente colapso no sistema de saúde, o governo estadual anunciou, na quinta-feira (11), a fase emergencial do Plano São Paulo, que estabelece medidas mais duras de restrição de algumas atividades entre os dias 15 e 30 de março, inclusive parte daquelas classificadas como essenciais. De acordo com o governo paulista, o objetivo é ampliar o distanciamento social e reduzir a circulação urbana.

Com a nova fase, o funcionamento do comércio e de lojas de material de construção será paralisado e a retirada de produtos ou alimentos por clientes na porta da loja ou no balcão será proibida. Celebrações religiosas coletivas e qualquer tipo de atividade esportiva em grupo também estão vetadas.

As atividades administrativas não essenciais – órgãos públicos, escritórios particulares e jurídicos, mercado financeiro, serviços de call center, telecomunicação e de tecnologia da informação – serão permitidas somente no modelo de teletrabalho (home office). O toque de recolher seguirá das 20h às 5h em todo o Estado.

A prefeita Suéllen Rosim informou que está analisando se irá publicar um decreto municipal após o anúncio da fase emergencial. Em nota, afirmou apenas que “está sendo discutido como tudo vai ficar a partir de segunda-feira, quando começar a valer a nova fase”.

Infelizmente, os bancos seguem sendo considerados como serviço essencial durante a fase emergencial. Desta forma, o funcionamento e atendimento à população não será interrompido. Desde o dia 8, após a Febraban divulgar novas medidas a serem adotadas pelos bancos, as agências estão abertas das 9 às 10 horas para atendimento exclusivo para pessoas do grupo de risco, idosos e gestantes. Os demais clientes são atendidos entre 10 e 15 horas. Também ficou estabelecido que a entrada de clientes nas agências bancárias deverá ser restrita a casos absolutamente prioritários, evitando aglomerações.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, se a população, empresários e principalmente a prefeita, não mudarem seus posicionamentos durante esse estado crítico da pandemia de coronavírus, mais vidas serão perdidas para a Covid-19 e o sistema de saúde irá entrar em colapso em poucas semanas. A entidade acredita que Bauru deveria seguir o exemplo das cidades da região que decidiram decretar o lockdown, após o agravamento no número de mortes e infectados. Em Araraquara, após a adoção da medida, os novos casos de Covid-19 caíram para quase um terço do total registrado antes do período de restrição total na cidade, que durou dez dias.

 

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