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Governo tem relatório sobre como “lidar” com 81 jornalistas e influenciadores

01/12/2020

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O governo contratou a empresa BR+ Comunicação para mapear jornalistas e influenciadores que criticam o governo Bolsonaro ou o apoiam. O relatório sugere como o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem lidar com um grupo de 81 jornalistas e influenciadores em redes sociais.

A BR+ Comunicação tem um contrato com o MCTIC (Ciência e Tecnologia) que é aproveitado pelo ME por meio de um Termo de Execução Descentralizada de junho de 2020, no valor total de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação.

De acordo com uma notícia escrita pelo colunista Rubens Valente, divulgada pelo site UOL, a medida a ser tomada varia: “o monitoramento preventivo das publicações da influenciadora”, o “envio de esclarecimentos para eventuais equívocos que ele publicar” ou mesmo “propor parceria para divulgar ações da Pasta”.

Apesar de ser uma prática comum entre clientes e empresas de comunicações, acompanhar o que é publicado sobre a empresa, pessoa ou autoridade, o relatório recebido pelo governo é diferente do habitual, já que revela impressões sobre esses profissionais, expondo até, em alguns casos, os telefones pessoais.

O levantamento intitulado “Mapa de influenciadores”, que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, separou os profissionais analisados em três grupos: os “detratores” do governo Bolsonaro, do Ministério e/ou de Guedes, os “neutros informativos” e os “favoráveis”.

O grupo “detratores” é o mais numeroso, com 51 nomes. Já os “favoráveis” são 23, e os “neutros informativos”, oito. Segundo a reportagem do UOL, a conta fecha em 82, e não 81, porque há um nome repetido em dois campos.

Entre os supostos “detratores” estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Carol Pires, Claudio Dantas, Luis Nassif, Brunno Melo, Igor Natusch, George Marques, Palmério Dória, Flávio V. M. Costa, Márcia Denser, Rachel Sheherazade, Luís Augusto Simon, além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Claudio Ferraz, Sabrina Fernandes, Marco Antonio Villa, Conrado Hubner, Rodrigo Zeidan, Rubens Valente (que revelou o relatório no site UOL), influenciadores como Felipe Neto, Nathália Rodrigues, Jones Manoel, entre outros. A sugestão dada pela empresa de comunicação, é que sejam enviados esclarecimentos e notícias sobre o governo a esse grupo e no caso do influenciador Felipe Neto, que seja realizado um monitoramento preventivo das publicações.

Sobre a relação do governo com o grupo dos “favoráveis”, o relatório sugere “posts em conjunto” e lives.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esse relatório encomendado pelo governo não se resume a obter um feedback da atuação de Bolsonaro e Guedes. Ao monitorar fortemente as críticas de jornalistas e influenciadores, revelando individualmente suas impressões, pode ser que o presidente e sua equipe estejam traçando planos em como censurar ou perseguir esses profissionais. Não é novidade que Bolsonaro tenta calar e insultar jornalistas. Além disso, com o seu discurso de ódio, o presidente alimenta seus apoiadores que atacam veemente esses trabalhadores nas redes sociais.

 

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