Uma reportagem publicada pelo Valor Econômico no dia 20 conta que o governo federal elevou em mais de R$ 6 bilhões a previsão de recebimento de dividendos neste ano. “Na peça orçamentária deste ano, (…) a estimativa era que as empresas estatais transferissem R$ 9,74 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional”, informa o jornal. “Esse número, no entanto, saltou para R$ 15,91 bilhões no relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado no fim de março, mesmo com os impactos da pandemia”.

Segundo o jornal, o governo justifica a elevação alegando “desempenho melhor do que o esperado inicialmente pela equipe econômica para a Petrobras e para o BNDES no ano passado”, e “o valor é mais que o dobro do que a União recebeu em 2020”.

Ainda de acordo com a reportagem, “no ano passado, segundo o Tesouro, o governo recebeu R$ 6,571 bilhões em dividendos”, sendo que “o maior pagador foi o Banco do Brasil com R$ 2,119 bilhões seguido por Petrobras (R$ 1,648 bilhão); Eletrobras (R$ 1,085 bilhão) e Caixa (R$ 1,008 bilhão)”.

Por fim, “se confirmado o cenário traçado pela equipe econômica no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem, mesmo com o cenário adverso devido à pandemia de covid-19 e seus efeitos na economia, a expectativa é contar com R$ 13,130 bilhões em dividendos em 2022; R$ 12,767 bilhões em 2023 e R$ 13,435 bilhões em 2024”, informa o jornal.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, isso só mostra o quanto são importantes as empresas estatais, mesmo para um governo que assumiu com o discurso de que privatizaria todas, ou o máximo possível delas. Além de serem úteis, as estatais também podem ser rentáveis — e muito!