Em êxtase após a aprovação da reforma da Previdência, banqueiros já estão ditando quais devem ser as próximas prioridades do governo. Para Itaú, BTG Pactual e Santander, agora é hora de defender as reformas administrativa e tributária.
O Ministério da Economia, de Paulo Guedes, está fazendo os últimos ajustes no projeto da reforma administrativa, que será entregue ao Congresso Nacional. A proposta, que visa reduzir os custos do funcionalismo público brasileiro, deve mexer na estabilidade e nos salários dos que ainda vão ingressar no serviço público.
Segundo o governo, os concursos devem continuar ocorrendo, mas só haverá contratações quando houver necessidade, e algumas poderão ser temporárias. Além disso, acabam as promoções automáticas por tempo de serviço, sobrando somente as por mérito.
Apesar das medidas ainda estarem em discussão, já está decidido que não haverá demissão de servidores e nem mudança nas regras da estabilidade para quem já está trabalhando. No entanto, para quem entrar após a possível aprovação do projeto, vão acabar as férias acima de trinta dias, a redução de jornada sem redução de salário e a estabilidade, que valerá só para alguns cargos.
Já o texto da reforma tributária será preparado até o final do ano, segundo Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
O Sindicato defende reformas, desde que sejam justas e envolvam toda a sociedade, não só os trabalhadores.