Os bancários, cujos serviços são considerados essenciais à população, continuam trabalhando sob a pandemia do coronavírus. Expostos ao risco, pelo menos três faleceram nos últimos dias com sintomas da covid-19.
A primeira vítima, Edgard dos Santos Pereira, se foi no dia 28 e era funcionário do Banco do Brasil, da agência do Catete, no Rio de Janeiro (RJ); a segunda, no dia 2, que não teve o nome divulgado, trabalhava no Vila Santander Paulista, um call center do banco espanhol localizado no bairro do Limão, em São Paulo (SP); por fim, no último sábado, 4, a vítima foi um gerente da Caixa Econômica Federal, de São Mateus (ES), conhecido como “Marquinhos”.
Em Bauru, na semana passada, dois trabalhadores lotados no prédio do BB onde ficam os escritórios digitais (que se assemelham a um call center) tiveram de se afastar depois de terem febre e outros sintomas da covid-19.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lamenta as mortes causadas pelo vírus e entende que os bancos têm responsabilidade pelas ocorrências.
Algumas cidades emitiram decretos regulamentando a atividade dos bancários neste período de pandemia, mas há municípios, como Agudos, por exemplo, onde a categoria está desprotegida, contando apenas com a boa vontade dos bancos, que parecem não ter compreendido a gravidade do momento.
É preciso adotar medidas para preservar a vida dos bancários, como o trabalho remoto para o pessoal das áreas-meio, e o revezamento de agências, estabelecendo quarentena para os empregados, alternadamente.