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Encontro da Frente Nacional de Oposição Bancária acontece dia 25, por videoconferência

17/07/2020

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📣 Encontro da Frente Nacional de Oposição Bancária em 25 de julho! Construir uma 3ª mesa de negociações, com uma pauta de luta, sem entregar direitos, sem medo de greve, pela valorização da nossa vida e por nossas reivindicações históricas! 

Quando nosso Acordo Coletivo de Trabalho terminar sua validade, em 31/08/2020, infelizmente já teremos superado a marca de 100 mil mortos pela pandemia no Brasil, segundo todas as atuais previsões. É a maior tragédia no país em vários séculos. Mas nem a dor dos que perderam familiares pela doença nem os dezenas de milhões de trabalhadores sem renda em meio também à maior recessão da História, foram capazes de frear os ataques dos governos e banqueiros contra nossos empregos, salários e direitos. Eles se aproveitam para tentar “passar a boiada”.

Em pena pandemia, bancos privados seguem demitindo. O Santander, em especial, já demitiu centenas de bancários nas últimas semanas. No Banco do Brasil, Caixa, Banrisul, BNB, BASA e Banpará, os governos aumentam a exploração, cobram metas em meio às mortes, exigem trabalho aos sábados e feriados, jogam os custos do trabalho (telefone, luz, falta de ergonomia) para quem está em home-office e não garantem a saúde dos que estão trabalhando presencialmente (faltam EPIs, desinfecção de áreas contaminadas e quarentena para todos os que trabalharam com casos suspeitos e confirmados).

Além disso, todos os bancos querem impor a 7ª e 8ª horas de trabalho sem pagar mais nada sobre isso. Uma conquista de décadas dos bancários, que a Contraf-CUT e seus sindicatos venderam para os banqueiros através da cláusula 11 do ACT de 2018, e que foi tornada ainda mais explícita no Aditivo ao ACT, assinado pelos pelegos em 2019.

Agora, novamente os sindicatos ligados à Contraf-CUT assinam acordos aditivos por bancos, impondo retiradas de direitos que só Bolsonaro ousou ameaçar através da MP 927, mas que não foi aprovada pelo Congresso. Ou seja, a burocracia sindical está entregando o direito a férias (antecipadas até 2021 no BB); considerando como horas negativas o afastamento do trabalho presencial, para depois serem compensadas como horas-extras gratuitas; e se juntando ao banco para ameaçar com descomissionamento quem não aceitar perder direitos.

Este sindicalismo da Contraf-CUT e Contec expressa o que existe de pior e não há nada a fazer em seus fóruns. Com o PT no governo, a Contraf-CUT traía as greves e abandonava nossas reivindicações como reposição de perdas, mais contratações, fim de metas, isonomia, etc. Com Temer, fizeram dois acordos bienais e nem greve mais eles chamaram. O resultado foi deixar os banqueiros livres para demitir, retirar direitos e nos atacar de todas as formas nos últimos 4 anos. Agora, a Contraf-CUT vai ainda mais longe, assinando aditivos piores que os próprios acordos em vigor, e impedindo até mesmo que as correntes que fazem alguma crítica interna possam se manifestar em suas conferências. Não há dúvidas: não há o que disputar na Contraf-CUT e ela é parte dos inimigos dos bancários, junto com governos e banqueiros.

A FNOB, nascida em 2012 por aqueles que se recusaram a voltar aos fóruns governistas e antidemocráticos da Contraf-CUT, segue firme na luta por uma nova direção de luta para os bancários e por campanhas salariais de verdade. Após sempre entregarmos à FENABAN e direção de bancos públicos uma pauta autônoma e combativa, com propostas em relação aos problemas reais da categoria e com nossas reivindicações históricas, em 2019 a FNOB foi recebida para negociar o aditivo ao ACT 2018-20 como uma 3ª mesa de negociação. Esta é nossa luta em 2020: abrir uma 3ª mesa de negociação em cima da pauta que será votada em nosso encontro.

Somos contra substituir o presencial pelo virtual, e entendemos que o atual acordo deveria ser estendido até 31/12, após passar o pior momento da atual pandemia. Infelizmente, Bolsonaro vetou a ultratividade do ACT, mesmo na situação atual, e precisamos votar uma pauta e estabelecer negociações até 31/8.

Em razão desta urgência e da falta de opções, faremos nosso Encontro da FNOB no dia 25 de Julho de forma virtual.Não houve alternativa, o que é muito diferente da Contraf-CUT que desde o início propôs a forma virtual como forma de reduzir a participação da base e restringir a democracia. Inclusive, os burocratas fizeram a eleição do sindicato de SP desta forma e farão o mesmo no RS e noutros estados, o que consideramos um absurdo, pois uma coisa é reunir ativistas de forma virtual, sem ter alternativa; e outra é fazer uma eleição virtual com milhares de trabalhadores na base, podendo fazê-las em outra data, apenas para impedir o debate e a participação de mais colegas.

A proposta é que o Encontro da FNOB seja breve e tenha 3 pontos:
1) Apresentação e votação das pautas a serem entregues à FENABAN, BB, CEF e demais bancos;
2) Atividades e cronograma da campanha salarial, incluindo a entrega das pautas, disputa destas pautas nas outras bases, etc.);
3) outros encaminhamentos da FNOB.

Haverá uma única mesa do Encontro, coordenada pelos 3 sindicatos componentes da FNOB. As propostas de pautas serão a partir das atualizações das pautas entregues em 2018 e estarão disponíveis até 20/7. As alterações devem ser sugeridas até 24/7, véspera do Encontro, e as resoluções poderão ser apresentadas até mesmo na hora do debate, desde que já por escrito, para viabilizar sua apreciação.

Será um encontro objetivo, organizativo e que unifique a intervenção em âmbito nacional. As dificuldades da conjuntura e a traição crescente da Contraf-CUT tornam o Encontro da FNOB ainda mais imprescindível neste momento. Vamos à luta!

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