Na semana passada, o Bradesco divulgou seu lucro líquido contábil dos três primeiros meses de 2022: R$ 7 bilhões. Na comparação com os números do último trimestre do ano passado, o crescimento do lucro ultrapassou 121%, já que, no fim de 2021, o banco registrou lucro de R$ 3,1 bilhão. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 13,9%, quando foi reportado lucro de R$ 6,1 bilhão.
Um levantamento mostra que o lucro do Bradesco é o maior, para um primeiro trimestre em valores nominais, no setor de bancos. Ou seja, o resultado mostra que a política do governo Bolsonaro de alta de juros e inflação descontrolada é um prato cheio para os banqueiros e péssimo para os trabalhadores.
Os bons índices não impediram o banco de demitir. Nos últimos 12 meses, até março de 2022, o Bradesco desligou 1.119 trabalhadores, além de fechar 364 agências. Em Bauru, o fechamento atingiu a agência Rui Barbosa do banco, conforme foto do protesto realizado pelo Sindicato.
As contratações, neste mesmo período, não passaram de 214. Sendo assim, é possível constatar que a sobrecarga de trabalho dos bancários tem aumentado. Só assim para o Bradesco continuar batendo recorde de lucro.
Nos últimos dias, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, inclusive, denunciou a demissão de um bancário assistente PJ (Pessoa Jurídica), que trabalhava há 5 anos na agência da Rodrigues Alves, em Bauru, e outra trabalhadora de Águas de Santa Bárbara, que depois de mais de 12 anos de serviços prestados ao banco, foi desligada assim que retornou de licença-médica. Demissões totalmente desnecessárias para um banco que lucra tanto.