O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data para reforçar a luta pela equidade de gênero no mercado de trabalho e na sociedade. Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam barreiras para alcançar cargos de liderança, o que reflete uma estrutura desigual que privilegia os homens nos espaços de decisão.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam mais de 50% da população brasileira e cerca de 45% da força de trabalho, mas ocupam menos de 40% dos cargos de gestão. A desigualdade salarial também persiste: em média, uma mulher ganha 78% do salário de um homem na mesma função.
Essa disparidade não é fruto do acaso, mas de um sistema que historicamente exclui as mulheres dos espaços de poder. A categoria bancária é composta por 48% de mulheres e a maioria está presente em cargos de menor hierarquia. Apenas 24,4% estão em cargos de direção. Em relação à remuneração, a desigualdade é ainda mais profunda. Mesmo após a Lei nº 14.611, que estabelece a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, as bancárias ganham menos que os bancários em todos os cargos.
Além disso, a maternidade, frequentemente vista como obstáculo, ainda é motivo para discriminação no momento da contratação e promoção. Somado a isso, a sobrecarga do trabalho doméstico, que recai desproporcionalmente sobre as mulheres, limita ainda mais suas oportunidades de crescimento profissional.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região reafirma seu compromisso com a luta pela igualdade de direitos, melhores condições de trabalho e mais reconhecimento para as mulheres da categoria. Também exige o fortalecimento do combate contra assédio e discriminação, garantindo ambientes de trabalho mais justos e seguros.