A Contraf/CUT teve mais reuniões ontem, 27, com a Fenaban, com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal. Até as 10h30 de hoje, não havia divulgado nada de novo sobre a proposta da federação dos banqueiros.
Em resumo, a proposta é manter o salário dos bancários congelado até a data-base do ano que vem (1º de setembro), quando a categoria teria acrescido ao salário 70% do INPC — e em 1º de março de 2021, mais um acréscimo de 30% do índice. Ridículo!
Quanto às negociações com o BB e a CEF, ambas as instituições querem novos modelos de PLR, rebaixados em relação ao atual.
BB insiste em retirar direitos
O Banco do Brasil não levou nenhuma novidade para a mesa de negociação, insistindo em cortar pela metade a PLR do programa próprio (de 4% para 2%), em reduzir para um, em vez de três, o número de ciclos avaliatórios negativos para o descomissionamento, em proibir a acumulação e a venda do abono-assiduidade.
Saúde Caixa mais cara
A proposta da Caixa para o plano de saúde dos empregados estabelece contribuição individualizada de 3,5% do salário para o titular e mais 0,6% por dependente, com teto de R$ 2.200 e coparticipação de 30% para os dependentes.
Atualmente, a contribuição é de 2%, com teto de R$ 2.400 e coparticipação de 20%.
Greve
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, já está claro que os trabalhadores terão de fazer greve para obter o que merecem. Os bancos não têm mostrado nenhuma consideração pelos empregados que estão pondo em risco sua vida e de seus familiares neste tempo de pandemia.
Os sindicatos ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) — o de Bauru e os do Maranhão e do Rio Grande do Norte — já aprovaram indicativo de greve a partir de segunda-feira, 31, e está aguardando os sindicatos da CUT fazerem o mesmo.
Essa é a única forma de impedir acordos rebaixados este ano. Só a luta muda a vida!