Na mais recente reunião entre a Fenaban e representantes do movimento sindical, ocorrida na sexta-feira, 14, a federação dos bancos analisou a minuta de reivindicações dos bancários e deixou claro que não vai renovar a décima terceira cesta alimentação, que não vai aumentar o valor pago na forma dos vales refeição e alimentação, que não vai conceder aumento superior à inflação, que só vai discutir sobre PLR na próxima data-base, que quer implementar a jornada de 8 horas para todos, independentemente de função, que não quer fornecer ajuda de custo para quem está em home office e, por fim, que não quer assinar um termo comprometendo-se a não terceirizar.
A próxima reunião acontece amanhã, 18, quando a Fenaban deve apresentar sua proposta formalizada.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, se isso realmente se confirmar, é preciso já lançar o indicativo de greve imediatamente, já que a categoria está numa corrida contra o relógio (a CCT e a maior parte dos acordos coletivos vencem em 1º de setembro, e a ultratividade já não é permitida desde a reforma trabalhista de 2017).
A categoria precisa se envolver na campanha salarial, manifestando-se publicamente nas redes sociais, por exemplo, e preparando-se para a luta. Não podemos aceitar a subtração de direitos históricos!
Neste ano, a Fenaban também não vai negociar com os sindicatos ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB). Os bancos não aceitaram bem o fato de que essas entidades (o Sindicato de Bauru, assim como os do Rio Grande do Norte e do Maranhão) não assinaram alguns acordos que trariam prejuízos aos bancários. Assim, os trabalhadores estão reféns da Contraf.