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Caixa afirma que GDP visa forçar “mudança de cultura” de seus empregados

18/11/2021

Bancos: Caixa Econômica Federal

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A Caixa Econômica Federal se reuniu no dia 27 de outubro com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco para discutir sobre diversos pontos, entre eles, o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), criticado pelo movimento sindical.

O GDP foi implantado em 2015, sem qualquer discussão com os representantes dos empregados. Em 2021, novas medidas do programa foram anunciadas e a partir disso, as condições de trabalho pioraram ainda mais, já que a sobrecarga dos empregados foi ampliada, assim como as metas (inclusive com a promoção de rankings entre empregados), o assédio e o adoecimento.

Na reunião, a Caixa alegou que o movimento sindical não concorda com a GDP por uma questão ideológica. Segundo o banco, foi feita uma pesquisa na qual os entrevistados disseram concordar com a GDP, seus mecanismos e apontaram problemas pontuais.

A instituição afirmou que deseja que seus empregados tenham “valores empresariais” e a “curva forçada” (que prevê que, independente do desempenho, no mínimo 5% dos empregados serão classificados como “desempenho não atende”), visa mudar a cultura de trabalho e aumentar o interesse de ascensão profissional.

Ainda sobre a “curva forçada”, a Caixa defendeu que a medida foi aplicada após constatar que resultado da GDP não refletia o real desempenho dos empregados. O banco também afirmou que tem ciência de que a medida é um instrumento retrógrado.

Em contrapartida, a CEE afirmou que o problema do modelo não é pontual, como a direção do banco quer fazer parecer, mas sim estrutural. Além disso, os representantes dos trabalhadores disseram que a mudança cultural, que a Caixa pretende promover, é uma violência com os empregados e os levará ao adoecimento.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a Caixa está completamente errada na forma de colocar em prática o mecanismo. Expor resultados com o intuito de forçar seus trabalhadores a compararem seus desempenhos é inadmissível! Um ambiente de trabalho que impõe a competitividade acima de tudo, além de ser hostil, eleva o estresse, a ansiedade e o adoecimento dos trabalhadores.

Vale lembrar que no dia 20 de agosto, o Sindicato se reuniu com integrantes da AGECEF para discutir sobre a denúncia de que gerentes estão sofrendo assédio moral do banco, através da GDP. Na ocasião, a entidade declarou ser um absurdo que em plena pandemia de coronavírus a Caixa cobre de seus funcionários o alcance de metas inatingíveis.

 

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