No dia em que o Bradesco divulgou o balanço do primeiro trimestre — quinta-feira, 30 —, o presidente do banco, Octavio de Lazari Jr., disse a jornalistas que o banco vai fechar entre 320 e 330 agências neste ano. “O home office e o atendimento remoto abrem espaço para mudança profunda na forma como operamos, com redução de agências tradicionais”, afirmou o executivo.

De acordo com o Valor Econômico, o “ajuste de custos” será “um dos caminhos do Bradesco para a recuperação do resultado, diante da covid-19 e os desdobramentos no setor financeiro”. Ainda segundo o jornal, “no primeiro trimestre, foram encerradas as atividades de 78 unidades”.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é um absurdo o Bradesco falar em “recuperação do resultado”, como se a instituição estivesse no buraco. O lucro do banco só “caiu” porque, por precaução, as provisões para devedores duvidosos (PDD) tiveram uma elevação extraordinária; caso não tivessem, o lucro teria crescido, como sempre.

A verdade é que, com o fechamento de centenas de agências, o Bradesco só vai ajudar a piorar a situação por que passa o Brasil. Vale destacar que o banco fechou 2.121 postos de trabalho nos doze meses encerrados em março (1.922 postos de funcionários e 199 de “contratados e estagiários”). Ao fechar essas mais de 300 agências, certamente vai cortar ainda mais empregos.