O Bradesco está solicitando aos seus empregados que gravem vídeos para uma campanha chamada “Folha e foco”. Já estão circulando pelas redes sociais dezenas desses vídeos, com empregados das mais diversas agências dançando ao som de diferentes músicas e, às vezes, até fantasiados.
No comunicado que o banco enviou aos funcionários para falar sobre a gravação do vídeo, está escrito que a participação é opcional. Porém, todos sabem como pode ser visto um colega que se recusa a participar de alguma atividade em grupo. Ou seja, o trabalhador se sente duplamente constrangido: tanto pelo medo de perder o emprego (caso recuse participar), quanto pelo vídeo em si.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lembra que ninguém deve ser obrigado a ceder sua imagem para a livre circulação na Internet. Se algum trabalhador for coagido a participar de alguma gravação desse tipo, ela pode até pleitear indenização pelos danos morais sofridos.
Já existe jurisprudência sobre o assunto. Empresas já foram condenadas por adotar “práticas motivacionais” vexatórias e humilhantes, como entoar gritos de guerra e fazer coreografias.