Por meio de negociação com representantes do movimento sindical, o Banco do Brasil assumiu compromissos que farão parte de um acordo coletivo aditivo a ser assinado em breve, depois de ser submetido a assembleias.
Os destaques desse aditivo, específico sobre questões relacionadas à pandemia, são: o abono dos dias 7, 8 e 9 de abril, o desconto de 10% do total de horas negativas e a suspensão dos descomissionamentos por desempenho até o fim do estado de calamidade pública.
Outros dois pontos a serem destacados: os funcionários ainda terão direito a 15 dias de férias em aquisição e aqueles que tiveram suas férias zeradas compulsoriamente poderão, depois da pandemia, usufruir de até uma semana de folga combinada com seu gestor — unindo abonos, folgas, horas positivas do banco de horas e licença-prêmio.
O BB também refirmou o compromisso de padronizar todos os protocolos de sanitização das unidades.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, as medidas ajudam a mitigar algumas das perdas ocasionadas pela pandemia, mas deveriam incluir a discussão sobre as cobranças de metas. A direção do BB segue implacável na pressão sobre os funcionários, fazendo parecer que não se importam com a queda brutal da renda dos brasileiros decorrente do aumento do desemprego.
Além disso, o Sindicato também considera um erro o banco querer obrigar os funcionários a cumprir 90% das horas negativas, pois eles não estão deixando de trabalhar por escolha própria, mas porque o banco não tem capacidade tecnológica para fazer com que eles trabalhem de suas casas, preservando-se da covid-19.