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BB e Caixa ameaçam deixar a Febraban após manifesto pedindo alinhamento entre os três Poderes

Foto BB: Paulo Whitaker/Reuters. Foto Caixa: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão ameaçando deixar a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) após diversas entidades de classe dos setores financeiro e industrial assinarem um manifesto pedindo alinhamento entre os três Poderes.

Dentre as instituições financeiras, o manifesto, articulado por Paulo Skaf, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), foi apoiado pelo Bradesco, Itaú, Credit Suisse, JP Morgan, BTG, Safra e Santander.

Sob comando de Paulo Guedes e Bolsonaro, a Caixa e o BB comunicaram na semana passada, a decisão de deixar a Febraban caso a entidade assinasse o documento. Apesar da ameaça, no fim da semana, a federação realizou uma votação sobre o tema e a maioria aprovou a adesão. Agora, de acordo com os bancos públicos, quando o documento for divulgado oficialmente nos jornais nos próximos dias, as instituições deixarão a entidade.

Com o título “A praça dos Três Poderes”, o texto explica que “as entidades da sociedade civil que assinam esse manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas”.

Destacando que: “O momento exige serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, gerar empregos e assim reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população”.

Comissão da Câmara

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que vai apresentar hoje (30) requerimento para ouvir em audiência pública, nos próximos 15 dias, o ministro Paulo Guedes (Economia) e os presidentes de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sobre a ameaça de deixar a Febraban.

“É absurdo a gente viver tanto problema que nem a gente está vivendo no Brasil e perder tempo num debate como esse, colocando duas instituições importantes do país, símbolo de reconhecimento, como a Caixa e o Banco do Brasil, numa confusão dessas”, disse Aureo.

O deputado também afirmou que o governo Bolsonaro está “politizando tudo no Brasil” e que “existe um Brasil real e existe um Brasil do Paulo Guedes”, onde o país do ministro da Economia “é diferente do Brasil real”.

Sobre o motivo de ser necessário ouvir Guedes e os presidentes do BB e da Caixa, o presidente da comissão afirmou que “não dá para ficar brincando com esse negócio de banco. É um assunto sério. Os bancos são importantes para a economia brasileira. Agora a gente politiza a questão do banco, complica muito”.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, não é de agora que Guedes e Bolsonaro tentam controlar, a bem próprio, os bancos públicos. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são patrimônios do povo brasileiro e não podem continuar nas mãos chantagistas desse desgoverno!

 

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