Uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo no último domingo, dia 24, conta que, com a crise gerada pela covid-19, os bancos aceleraram o movimento de fechamento de agências. “Nos primeiros quatro meses deste ano, 283 agências encerraram as atividades”, e “após a chegada do novo coronavírus ao país, 194 delas deixaram de atender clientes permanentemente”.

Na base territorial do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, até o momento, o Santander foi o único banco que fechou uma de suas agências — a da rua Primeiro de Agosto, em Bauru.

De acordo com o levantamento feito pelo jornal, 42% dos municípios brasileiros (2.340 de um total de 5.570) não têm uma agência bancária. “Neste ano, segundo o Banco Central, sete cidades ficaram sem um banco — duas delas durante a pandemia (entre março e abril)”, diz a reportagem.

“De 2016 a 2019, 2.853 agências fecharam as portas”, sendo que “no período, o número de municípios sem uma agência, um ponto de atendimento ou um caixa eletrônico aumentou 7,12%”. Atualmente, 376 cidades não têm nenhum dos três tipos de serviço. “Em 2012, esse número era 60% menor —naquele ano, 147 municípios não tinham nenhum ponto de atendimento bancário.”

Para o Sindicato, os bancos sempre vão justificar as demissões e o fechamento de agências usando como argumento a evolução das tecnologias, mas a verdade é que, na prática, a terceirização e o aumento de correspondentes continuam. É isso, somado à ganância de banqueiros e investidores, que tem feito a categoria bancária encolher.

Bancos não servem somente para ter lucro, é para terem obrigações sociais. Deixar municípios sem atendimento bancário justamente quando a população mais precisa é uma imoralidade. Vergonha!