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8 de março: pandemia prejudica gravemente conquistas históricas das mulheres

09/03/2021

Crédito: Eleni Kalorkoti

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Ontem, dia 8, foi o Dia Internacional da Mulher. As reportagens publicadas por diversos veículos de imprensa sobre a data comemorativa e de luta foram diferentes do habitual, afinal, a pandemia de coronavírus tem colocado em risco conquistas históricas das mulheres.

No Brasil, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho é de apenas 54%, em comparação com 74% entre os homens. Com a pandemia, os setores mais afetados foram aqueles que têm uma participação feminina maior, como por exemplo, os serviços que demandam interação pessoal e não podem ser feitos remotamente, como varejo, turismo e hotelaria.

De acordo com pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI), liderada pela diretora-gerente Kristalina Georgieva, cerca de 54% das mulheres brasileiras empregadas nos setores sociais não conseguem trabalhar de casa. Nos países de baixa renda, apenas cerca de 12% da população, no máximo, consegue trabalhar à distância.

Além disso, as mulheres recebem salários mais baixos, são maioria no emprego informal e exercem cerca de 2,7 horas a mais de tarefas domésticas que os homens.

Assim, diante da crise sanitária e econômica causada pela pandemia, a desigualdade de gênero aumentou drasticamente, bem como as demissões de mulheres, a violência doméstica e a carga de responsabilidade de milhares de trabalhadoras, que além de atuar em home office, tiveram que se desdobrar no trabalho doméstico e parental, cuidando do lar, das crianças – supervisionando as aulas online, devido ao fechamento de creches e escolas – e de familiares idosos.

Sobrecarregadas por esses acúmulos de funções, vivendo o impasse de não terem com quem deixar os filhos para trabalhar, tendo dificuldades em serem recontratadas após demissões, e com medo de serem contaminadas pela Covid-19 no trabalho, milhares de mulheres estão no limite, tendo a saúde física, mental e a autoestima fragilizadas por toda situação.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o retrocesso causado pela pandemia em direitos históricos conquistados pela mulheres é triste e precisa ser combatido.

Na categoria bancária, a entidade segue na luta pela manutenção do emprego das trabalhadoras; pelo home office de gestantes, lactantes e pertencentes ao grupo de risco; pela valorização profissional das mulheres; por salários iguais; pelo fim das metas abusivas, principalmente nesse cenário pandêmico; pela vacinação; e, principalmente, por respeito!

 

 

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