Hoje, dia 28 de fevereiro, é considerado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares ao Trabalho (Dort).
A data foi escolhida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2000, para chamar a atenção da população a essas doenças que atingem milhões de brasileiros e têm relação direta com o trabalho.
As Ler/Dort se caracterizam por dores crônicas que atingem principalmente os membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, ombros e braços), membros inferiores e coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e lombar), decorrentes de sobrecarga, execução de movimentos repetitivos e manutenção de determinada postura por tempo prolongado, durante as atividades da profissão. Na categoria bancária, os casos têm sido cada vez mais recorrentes.
Entre 2012 e 2016, 45% dos acidentes reconhecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para bancários e financiários eram Ler/Dort. Entre 2017 e 2021, a porcentagem subiu para 46%. Dos afastamentos não reconhecidos como acidentes, ou seja, os benefícios comuns, entre 2012/2016, as LER/Dort somava 47% do total. Entre 2017/2021 esse número subiu para 55%.
De acordo com o material produzido (veja abaixo) pela CSP-Conlutas, central sindical a qual o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região é filiado, os profissionais que mais se destacaram com números de casos foram aqueles que atuam nos setores da indústria, comércio, alimentação, transporte e serviços domésticos (limpeza). As lesões são mais recorrentes entre as mulheres (51,7%).
Negligência e falta de ergonomia
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já ofereceu apoio jurídico a diversos trabalhadores que foram acometidos pela Ler/Dort, após os bancos não oferecerem condições adequadas de trabalho. Na maioria desses casos, a entidade solicitou indenização por doença do trabalho e obteve vitória na Justiça. Busque ajuda dos advogados da entidade: (14) 99868-4631.
Para a entidade, as instituições financeiras precisam aplicar efetivamente a medicina preventina e, dentre diversas medidas, adequar o mobiliário e equipamentos de trabalho dos bancários, permitindo posturas confortáveis e ergonômicas, além de permitir pausas para descanso e alongamento durante a jornada.
