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132 anos da abolição da escravidão. Reparação histórica é necessária!

13/05/2020

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Hoje, dia 13 de maio, completam-se 132 anos da abolição da escravidão. A declaração da abolição foi um importante marco político e social, no entanto, a exploração da mão de obra negra sob condições semelhantes à escravidão não se esvaiu após a assinatura da Lei Áurea e, até os dias de hoje, o Brasil registra uma abolição inacabada, com o racismo estrutural, a desigualdade social, racial e econômica, e a violência contra negros.

O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão e também o lugar com mais negros escravizados em todo o mundo. É preciso relembrar que a abolição da escravatura foi resultado de um longo processo de resistência e luta do povo negro e não uma concessão dada pela princesa Isabel.

Ao longo de todos esses anos, os negros lutam para que a sociedade os integrem com dignidade e respeito, sem exclusão e discriminação. Contudo, as desigualdades sociais e raciais não param de crescer. De estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018 o desemprego da população negra correspondia 64,2% no país. Esse levantamento também destaca para o grave fato de que cerca de 47,3%  das pessoas em ocupações informais eram negras. Números agravados por leis que aprofundam a retirada de direitos da classe trabalhadora, como a reforma trabalhista e a Reforma da Previdência.

Os jovens negros também são os que mais morrem nas mãos da polícia. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, 74,5% das pessoas assassinadas em intervenção policial eram negras. As mulheres negras também fazem parte de dados cruéis de violência, elas possuem três vezes mais chances de serem vítimas de feminicídio, do que mulheres brancas. Segundo informações do Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil, no período entre 2003 e 2013, o número de homicídios das mulheres negras saltou de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.

Pandemia de coronavírus

No Brasil, as populações negras vêm apresentando vulnerabilidade maior com relação ao novo coronavírus em comparação a pessoas brancas. De 11 a 26 de abril, 930 negros morreram vítimas da Covid-19. De acordo com o Dado da Sociedade Brasileira de Medicina de Família, com o avanço da doença nas periferias, negros representam quase 1 em cada 4 dos brasileiros hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (23,1%), mas chegam a 1 em cada 3 entre os mortos pelo vírus (32,8%).

Desta forma, a desigualdade social, econômica e de acesso à saúde são os principais fatores que explicam as diferenças nas taxas de letalidade e infecção por coronavírus entre negros e brancos.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a pandemia escancarou as profundas desigualdades que estruturam a vida de milhares de brasileiros negros. A necessidade de lutar por políticas de ações afirmativas e de igualdade de direitos é extremamente necessária. Por isso, apoiamos o movimento negro e exigimos, junto a ele, reparação histórica!

CHEGA DE RACISMO!

 

 

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