Por mais que os banqueiros insistam que a digitalização e o avanço do uso do Pix estejam diminuindo a necessidade de caixas, o montante total de recursos movimentado por meio de pagamentos com cheque ficou praticamente estável na comparação entre 2021 e 2022.
Ao todo, no ano passado o valor total desta movimentação foi de R$ 666,8 bilhões. Já a média de valor de cada cheque aumentou e chegou a R$ 3,2 mil por unidade. De acordo com os dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe), 202,8 milhões de cheques foram compensados no ano passado. Em relação a 2021, a queda foi de apenas 7,3%.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), atualmente, em cada 10 transações bancárias, 7 são realizadas por meio do Pix. Essa mudança de perfil da utilização dos bancos, tem sido bastante usada como argumento para as medidas que estão sendo adotadas contra os bancários. Entre elas, a retirada de seguranças e portas-giratórias das agências, bem como a extinção da função de caixa, por exemplo.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os bancários seguem sobrecarregados, pois o volume de transações continua acontecendo como antes e ainda tem a imposição de metas.
