O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no dia 1º, logo após sua posse, uma determinação para que os novos ministros tomem providências para retirar as estatais do programa de privatizações.
A medida, que faz parte das primeiras ações do novo governo na área econômica, atinge em especial a Petrobras e os Correios. A Petrobras havia sido incluída, em maio, no Programa Nacional de Desestatização pelo então ministro de Minas e Energia de Jair Bolsonaro (PL), Adolfo Sachsida.
Já os Correios estava em processo para privatização sob análise de membros do Tribunal de Contas da União. O projeto que abria caminho para a privatização da empresa pública foi aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto de 2021, por 286 votos a favor e 173 contrários.
Além dessas, também serão retiradas do programa de privatizações: Dataprev, Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados), Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e os armazéns e os imóveis de domínio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento – Conab). A EBC (Empresa Brasil de Comunicação) também deve se manter sob controle estatal, mas há a possibilidade de separar os canais que tratam da comunicação pública e de governo.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a medida é assertiva e também precisa chegar a Eletrobras, que foi privatizada em junho de 2022. Na época, parte do valor arrecadado com a venda do controle da empresa (R$ 26,6 bilhões).