No dia 24, em entrevista concedida ao portal de notícias Metrópoles, Jair Bolsonaro, disse que não viu “nada contundente” nos depoimentos sobre assédio sexual praticado por Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, contra funcionárias do banco.
“Não vi nenhum depoimento mais contundente de qualquer mulher… Vi depoimentos de mulheres que sugeriram que isso [assédio] poderia ter acontecido. Está sendo investigado”, afirmou o agora ex-presidente do Brasil.
Sobre Guimarães, Bolsonaro afirmou que desconhece sua “vida particular” e contou que quando o escândalo veio à tona, “virou um incêndio enorme em poucas horas”, tendo que se reunir com o até então presidente da Caixa e optar pelo seu afastamento, decisão esta que não foi contestada por Pedro.
Investigação interna concluída
A Corregedoria da Caixa Econômica Federal concluiu as apurações internas sobre os casos de assédio sexual e moral envolvendo o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. O documento, assinado pelo corregedor Leonardo Grobba e equipe, conta com mais de 500 páginas e inclui dezenas de depoimentos e outros documentos que confirmam as suspeitas de que Guimarães praticava assédio moral e sexual contra funcionários do banco. O resultado final das investigações foi apresentado aos integrantes do Conselho de Administração da Caixa no dia 17.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a declaração absurda de Bolsonaro minimizando a conduta criminosa de seu antigo aliado é completamente previsível, já que ele jamais respeitou e defendeu as mulheres, nem durante seu mandato, nem em sua vida particular.
A entidade espera que o governo Lula combata o assédio na Caixa e que fortaleça o caráter público do banco, medidas que Bolsonaro jamais fez durante seus anos de mandato.