Seguindo uma prática conhecida de Jair Bolsonaro, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, aproveitou a presença do coronel da reserva e assessor do GSI, Adriano de Souza Azevedo, no evento Nação Caixa, e mandou os diretores e vices fazerem flexões em um palco durante encontro de fim de ano, em São Paulo.
Em gravação que circula nas redes sociais, Guimarães chega a mandar um vice-presidente fazer o exercício no palco “com uma mão só” e ao ver que o restante dos trabalhadores não estava na posição, ordenou – com palavrões – que eles se abaixem. A cena ocorreu na última terça-feira, dia 14, no Bourbon Atibaia Resort. De acordo com o presidente, ”350 principais executivos” do banco estavam presentes na cerimônia.
Apesar do evento ter objetivo de passar os resultados atingidos ao longo do ano e as metas para o próximo, o presidente da Caixa convidou o coronel Azevedo para dar uma palestra sobre a experiência que teve no Haiti, quando ficou soterrado em um hotel após um terremoto. O tema da palestra foi a importância dos valores nas instituições.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Pedro Guimarães expôs ao ridículo os trabalhadores, por puro capricho e devoção às atitudes de Bolsonaro, além de ser mais uma de suas “cartadas” para se aproximar do presidente e conseguir ser seu vice nas eleições de 2022. Vale lembrar que o constrangimento é uma atitude considerada abusiva por parte do empregador, em relação ao empregado, podendo configurar assédio moral e dano moral.