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Ministro da Casa Civil “esconde” vacinação para não contrariar Bolsonaro

30/04/2021

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Na terça-feira (27), o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, afirmou, durante reunião do Conselho de Saúde Suplementar, que tomou “escondido” de Jair Bolsonaro a vacina contra a Covid-19 e que tenta convencer o presidente a se vacinar também.

“Tomei escondido, né, porque era a orientação […] Estou envolvido pessoalmente tentando convencer o nosso presidente, independente de todos os posicionamentos, que nós não podemos perder o presidente para um vírus desse”, afirmou Ramos.

O ministro da Casa Civil afirmou que tomou a 1ª dose da vacina Astrazeneca, e que não tinha vergonha de ter sido imunizado, pois deseja “viver” ao lado de seus netos e esposa, e completou: “Se a ciência e a medicina estão dizendo que é a vacina, né, Guedes, quem sou eu para me contrapor?”.

Na declaração, Ramos cita o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participava da reunião e assim como ele, foi vacinado, mas com a CoronaVac. Apesar de Guedes ter tomado o imunizante de origem chinesa, o ministro afirmou na reunião que os chineses “inventaram” o coronavírus, e que a vacina do país para impedir o avanço da doença é “menos efetiva” do que o imunizante da Pfizer, dos Estados Unidos.

Ramos e Guedes não sabiam que a reunião do conselho estava sendo gravada e transmitida por redes sociais e ao serem informados, Guedes disse: “Não mandem para o ar”. Após a reunião, o Ministério da Saúde retirou o vídeo da página da rede social da pasta.

Em nota divulgada no dia 27, a Casa Civil negou que Ramos tenha recebido “orientação” para “esconder” a informação de ter sido vacinado. “Ao dizer, de maneira informal, que teria tomado a vacina “escondido”, o ministro se referia ao fato de ali estar um dos mais de 38 milhões de brasileiros que já se vacinaram e não um ministro de Estado”, diz a nota.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é visível e vergonhoso que o ministro da Casa Civil tomou “escondido” a vacina para não ofender o presidente negacionista, que por inúmeras vezes questionou a necessidade de vacinação contra a Covid-19 – chamada por ele de “gripezinha” -, afirmou que a vacinação não poderia ser obrigatória e também criticou e chegou a rejeitar a compra da CoronaVac.

Há algumas semanas, Bolsonaro disse que seria o “último da fila” da vacina, porém, para a entidade, essa afirmação é duvidosa, pois o Palácio do Planalto decretou sigilo de até cem anos ao cartão de vacinação do presidente, que pode já ter tomado o imunizante, mas precisa manter sua postura irresponsável e repleta de fake news.

A entidade também repudia a declaração xenofóbica de Guedes e ressalta a importância da CoronaVac para o Brasil. Após tanta espera, o imunizante foi o primeiro a ser aplicado no país e possibilita em até 100% a diminuição de internação e gravidade da Covid-19.

400 mil mortes por Covid

Ontem (29), o Brasil ultrapassou o trágico marco de 400 mil pessoas que perderam a vida por causa da Covid-19. Após registrar 3.074 óbitos em 24 horas, o país chegou a 401.417 mortes. Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortos por Covid, segundo dados do site Nosso Mundo em Dados. Em primeiro lugar, estão os Estados Unidos, com mais de 574 mil vítimas.

VACINAS SALVAM VIDAS! FORA BOLSONARO!

 

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