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Decisão de Fachin salva Moro, não Lula

09/03/2021

Foto: Walterson Rosa/FramePhoto/Estadão Conteúdo

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Nessa segunda-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin acolheu um habeas corpus apresentado pela defesa de Lula no último mês de novembro e anulou quatro ações penais que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba contra o ex-presidente. Ao fazer isso, Fachin livrou o ex-juiz Sergio Moro do julgamento da ação que questiona sua suspeição no STF.

As ações anuladas por Fachin são as do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e outras duas ligados ao Instituto Lula. Com isso, Lula pode voltar a disputar eleições.

“Em razão da decisão, o ministro Fachin declarou a perda do objeto de dez habeas corpus e de quatro reclamações apresentadas pela defesa do ex-presidente, entre eles a ação em que questiona a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que era titular da 13ª Vara de Curitiba”, diz uma nota emitida pela assessoria do STF na tarde de ontem.

O julgamento da suspeição de Moro ocorre na Segunda Turma do Supremo e está parado por um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes. Fachin e a ministra Carmen Lúcia já votaram contra a ação, mas as mensagens de Telegram reveladas pela Operação Spoofing vinham com forte potencial para virar o jogo em favor de Lula.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, essa decisão surge agora para salvar o ex-juiz Sergio Moro, visto que as mensagens vazadas pelo Intercept Brasil tiveram sua veracidade comprovada. Inclusive, uma das mensagens trocadas pelo Telegram, enviada pelo procurador Deltan Dallagnol, diz o seguinte: “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”.

Vale lembrar que o Sindicato ajudou a divulgar as mensagens na época, o que, apesar de ter sido questionado por muita gente, mostrou-se uma decisão acertada.

Lava Jato fez Brasil perder 40 vezes mais do que o dinheiro recuperado pela operação

No último domingo (7), Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo, divulgou um estudo elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores), apontando que o Brasil mais colheu prejuízo do que benefícios financeiros com a Lava Jato.

Foram R$ 172 bilhões perdidos a título de investimentos e 4,4 milhões de empregos encerrados no País por causa da operação contra as empreiteiras. Um em cada quatro empregos perdidos se deu na área de construção civil.

A Lava Jato, segundo o site do Ministério Público Federal, devolveu à União cerca de R$ 4,3 bilhões em sua cruzada contra a corrupção nos últimos sete anos. Em 8 de agosto do ano passado, o jornal GGN já havia mostrado que somente a Petrobras perdeu quatro vezes mais do que o valor “recuperado”, em pagamento de multas e acordos para se livrar de processos nos Estados Unidos.

Agora, com o estudo do Dieese, o fosso se mostra ainda maior. “O valor que, segundo o levantamento, deixou de ser investido equivale a 40 vezes os R$ 4,3 bilhões que o Ministério Público Federal diz ter recuperado com a operação. Com isso, os os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos, sendo R$ 20,3 bi em contribuições sobre a folha de salários”, destacou Bergamo.

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