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Em duas semanas, Brasil viverá pior momento da pandemia, com 3 mil óbitos por dia

05/03/2021

Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

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De acordo com uma reportagem publicada hoje (5) pelo jornal Valor Econômico, integrantes do Ministério da Saúde preveem que nas próximas duas semanas, o Brasil viva o pior momento da pandemia, com 3 mil óbitos por dia.

Após o elevado aumento de casos de coronavírus – impulsionado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval, pela ausência de distanciamento social, pela circulação das variantes de alta carga viral e pela falta de vacinas – o país registra há 43 dias seguidos média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 7 dias acima de 1,1 mil, e pelo quinto dia a marca aparece acima de 1,2 mil.

Segundo os integrantes do Ministério da Saúde, a ameaça de colapso do sistema hospitalar em diversos Estados precisa de atenção. No Rio Grande do Sul, a ocupação de leitos de UTI tem estado perto ou acima de 100%  há semanas. Na região Norte e Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, a preocupação é com a pouca disponibilidade de leitos.

Para a equipe do ministro Eduardo Pazuello, São Paulo, que tem a maior rede hospitalar do Brasil, até o momento tem conseguido evitar o choque do sistema. No entanto, se essa situação acontecer, os números de óbitos podem aumentar extremamente, causando uma verdadeira “tragédia anunciada”.

No combate a essa situação, o Ministério da Saúde pretende estimular a reabertura de hospitais de campanha nos Estados. Sobre a vacinação, a equipe estima que o processo começará a acelerar a partir deste mês, com a maior produção do Butantan e da Fiocruz. Em abril, ambos já deverão estar produzindo 1,4 milhão de doses diárias.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a intenção de comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer e outras 38 milhões de doses da vacina da Janssen. De acordo com a reportagem do Valor, a pasta pretende autorizar – por decreto – a compra de vacinas por empresas e entes privados somente quando os grupos prioritários estiverem imunizados. Para a compra acontecer, as empresas terão que doar metade dos lotes para o Plano Nacional de Imunização (PNI).

No entanto, há sinais de que o governo federal tomará medidas para evitar que Estados comprem vacinas individualmente, para não acabar com o seu ilusório “protagonismo” na imunização.

“Chega de frescura, de mimimi…”

Em meio a recorde de mortes por Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro usou os termos “mimimi” e “frescura” ao criticar mais uma vez as medidas adotadas diante da pandemia.

“Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, disse Bolsonaro durante um evento de que participou – sem máscara de proteção – na quinta-feira (4), em São Simão, sudoeste de Goiás.

No mesmo dia da fala do presidente, o país registrou, em apenas 24 horas, 1.786 mortes pela Covid-19. 

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a previsão do Ministério da Saúde de que o Brasil viva nas próximas semanas o pior momento da pandemia, com 3 mil óbitos por dia, também será em consequência da irresponsabilidade e negligência do presidente, que desde o início da pandemia, só tem ações contrárias ao combate à Covid-19 e menospreza a dor dos familiares das vítimas da doença.

A falta de empatia de Bolsonaro, ao chamar de “frescura”, o isolamento social que pode proteger a vida de milhares de brasileiros, e de “mimimi”, a dor das pessoas que perderam seus entes queridos por uma doença trágica e cruel e não puderam se despedir dignamente, é completamente inaceitável! Infelizmente, a frieza, a arrogância e a burrice do presidente vão contribuir para que ainda mais pessoas percam a vida para a Covid-19.

Seu protagonismo é apenas no genocídio do povo brasileiro, Bolsonaro. Fora!

 

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