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Sindicato defende a prisão e a cassação do deputado Daniel Silveira

23/02/2021

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Uma semana atrás, na noite do dia 16, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso depois de divulgar um vídeo no qual ataca e ameaça ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), defende o fechamento da corte, faz apologia do AI-5 e da ditadura. A prisão foi confirmada pelo plenário do Supremo no dia seguinte e pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 19, última sexta-feira.

A seguir, algumas das falas contidas no vídeo:

“Vocês não têm caráter, nem escrúpulo, nem moral para poderem estar na Suprema Corte. Eu concordo completamente com o Abraham Waintraub quando ele falou ‘eu por mim colocava todos esses vagabundos todos na cadeia’, começando pelo STF. Ele estava certo. Ele está certo. E com ele pelo menos uns 80 milhões de brasileiros corroboram com esse pensamento.”

“Ao STF, pelo menos constitucionalmente, cabe a ele guardar a Constituição. Mas vocês não fazem mais isto. Você e seus dez ‘abiguinhos, abiguinhos’, não guardam a Constituição, vocês defecam sobre a mesma, essa Constituição que é uma porcaria, para poder colocar canalhas sempre na hegemonia do poder e, claro, pessoas da sua estirpe devem ser perpetuadas para que protejam o arcabouço dos crimes no Brasil, e se encontram aí, na Suprema Corte.”

“Eu também vou perseguir vocês. Eu não tenho medo de vagabundo, não tenho medo de traficante, não tenho medo de assassino, vou ter medo de onze que não servem para porra nenhuma para esse país? Não, não vou ter. Só que eu sei muito bem com quem vocês andam, o que vocês fazem.”

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região também defende a prisão do deputado. Não somente por causa do vídeo dele, mas por todo o seu histórico.

Daniel Silveira também é investigado nos inquéritos do STF sobre os atos em defesa da ditadura e sobre o aparato das fake news, que envolve, além de notícias falsas, campanhas de calúnia, difamação, perseguição e intimidação física de pessoas e de suas famílias para fins políticos.

Ele ganhou visibilidade nacional na campanha eleitoral de 2018, ao quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco e exaltar seus assassinos, ao lado do então candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel.

Antes, já tinha uma ficha corrida, com denúncias como a de uso de atestados médicos falsos quando era cobrador de ônibus e a venda de anabolizantes em academias de Petrópolis. Só assumiu o posto na Polícia Militar com liminar e, nos cinco anos em que esteve lá, colecionou 80 dias de prisão em 60 ocorrências. Apesar de tentar se justificar afirmando que “bateu de frente com o sistema”, a própria corporação afirma que a maioria dos casos eram relativos a atrasos e faltas.

Depois de eleito, já agrediu e ameaçou jornalistas e manifestantes, e chegou a ser enxotado do colégio Pedro II pelos alunos ao invadir o local a fim de constranger professores e estudantes.

O Sindicato reafirma: Daniel Silveira deve continuar preso e ter seu mandato cassado não por xingar ministros do STF ou opinar o que seja, mas por ameaçar de morte opositores a esse governo, incitar e fazer apologia do AI-5 e atuar por uma escalada autoritária em prol de uma ditadura e do fim de todas liberdades democráticas, incluindo a de expressão, que foi o que aconteceu nos 20 anos de ditadura, que o parlamentar, Bolsonaro, o general Villas Boas e tantos outros reivindicam.

Em maio do ano passado, por exemplo, Silveira compareceu a uma manifestação contra Bolsonaro e, pouco depois, postou um vídeo com ameaças nada sutis aos manifestantes. “Vocês me peguem na rua em um dia muito ruim e eu descarrego minha arma em cima de um filho da puta comunista”, afirmou.

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