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“Não adianta ficar em casa chorando”, diz Bolsonaro no dia em que o Brasil registrou maior número de mortes por Covid-19 em 24h

12/02/2021

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Entre 10 e 11 de fevereiro, o Brasil registrou 1.452 novos óbitos causados pela Covid-19, o maior índice alcançado em 2021 e o terceiro maior de toda a pandemia. Enquanto as famílias dessas vítimas sofrem com a perda e enterram seus entes queridos, o presidente Jair Bolsonaro critica as políticas de isolamento social e afirma que “não adianta ficar em casa chorando”.

A declaração foi dada por Bolsonaro durante uma live em suas redes sociais, ontem (11). Além de inferiorizar a dor dos familiares das vítimas e criticar o isolamento social, Bolsonaro também defendeu a volta ao trabalho.

“A vida continua, temos que enfrentar as adversidades. Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem Brasil”.

Como se não bastassem os erros de propagandear a cloroquina – remédio sem eficácia comprovada contra a Covid-19 – e de gastar dinheiro público para produzir 4 milhões de comprimidos, Bolsonaro agora quer comprar um spray nasal, cuja eficácia contra o vírus também não foi confirmada, e incentivar os brasileiros a usarem o medicamento.

O presidente terá reunião hoje (12), com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a possibilidade de importar esse medicamento experimental que é usado contra câncer de ovário.

“Estamos em contato, já está acertado o encontro virtual para falarmos sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente, para pessoas em estado grave. Está em estado grave? Toma, poxa, vai esperar ser intubado?”, declarou Bolsonaro.

Na sexta-feira passada (5), o governo de Israel divulgou o suposto sucesso do medicamento experimental, onde pesquisadores afirmaram que 29 dos 30 pacientes com quadros moderados a graves da doença se recuperaram completamente em cinco dias após tomar o remédio. No entanto, um número muito pequeno de pacientes foram testados e o ensaio não comparou o spray a um placebo, o que significa que os cientistas não podem comprovar com certeza, que o medicamento está por trás da recuperação dos doentes.

Apesar de ser óbvio que, por enquanto, o medicamento não trará soluções concretas para a doença, Bolsonaro insiste em adquiri-lo e, durante a live, voltou a criticar a vacina, insultando quem acredita na imunização.

“Quando falei remédio lá atrás, levei pancada, entraram na pilha da vacina. O cara que entra na pilha só da vacina é um idiota útil, porque devemos ter varias opções. Para quem está contaminado, não adianta vacina”, afirmou.

Bolsonaro também voltou a defender o tratamento off label (fora da bula) e o uso da hidroxicloroquina.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, está claro que Bolsonaro gastará mais milhões em medicamentos sem eficácia comprovada e continuará divulgando o uso deles, sem a menor preocupação com as graves consequências que eles podem trazem à saúde de quem consumi-los, assim como foi o uso desnecessário de ivermectina – extremamente propagandeado por Bolsonaro – que causou hepatite aguda em diversas pessoas. Há relatos de que uma jovem precisou fazer transplante de fígado após ingerir constantemente o medicamento defendido pelo presidente.

Além disso, a insensibilidade de Bolsonaro com as 236.397 vidas perdidas por Covid é inaceitável, assim como suas declarações contrárias à vacina que poderá salvar milhões de brasileiros. Desumano! Fora, Bolsonaro!

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