Entidades sindicais de todo o País articulam conjuntamente uma série de ações contra a reestruturação do Banco do Brasil, anunciada em janeiro. A mais importante dessas ações é a decretação do estado de greve, que deve ser aprovado em assembleias nesta sexta-feira (5) — o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realiza a sua assembleia virtual na segunda (8), a partir das 18 horas.

Fazem parte das medidas planejadas pelo BB o fechamento de 361 locais de trabalho (112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento), incentivo financeiro à demissão voluntária de cerca de 5 mil funcionários e a extinção da função de caixa.

Representantes dos trabalhadores buscam, desde o início, abrir negociação com o BB, mas o banco se nega a discutir o assunto.

Mobilizar a sociedade

Diante dessa postura autoritária, sindicatos, federações e confederações de bancários estão mobilizando o funcionalismo e os poderes públicos: além de plenárias e das assembleias para decretar estado de greve, as entidades estão enviando cartas ao Congresso Nacional, às casas legislativas de estados e municípios, e a governadores e prefeitos.

Na quarta-feira (3), representantes do movimento sindical tiveram uma audiência com integrantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) para pedir a intermediação do órgão. Representantes do BB também participaram da reunião.

O movimento quer informações sobre o fechamento de locais de trabalho e também quer discutir a questão da gratificação dos caixas. Os prepostos do banco se comprometeram a levar as reivindicações aos responsáveis e a apresentar uma resposta na próxima audiência com o MPT, na segunda (8).

Na próxima quarta-feira (10), a ideia do movimento sindical é promover uma nova paralisação, com os funcionários vestidos de preto e participando ativamente de um “twitaço”. A primeira paralisação contra a reestruturação aconteceu no último dia 29, em todo o País. Na região do Sindicato, agências foram paralisadas em Bauru, Agudos, Arealva, Avaí, Fartura, Iacanga e Piraju.

Bancários de Piraju no protesto do dia 29