Marcado pela pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 transcorreu de maneira bastante atípica em todo o mundo. No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no fim de fevereiro, e um mês depois foi decretado o estado de calamidade pública, que afetou todo o País.
Bolsonaro, por meio de um decreto, incluiu os serviços bancários na lista atividades “essenciais”. Realmente, os bancos foram essenciais durante a pandemia — pagando o Auxílio Emergencial, por exemplo —, mas a consequência disso é que mais de 60 bancários da ativa faleceram por causa do coronavírus.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lutou de várias formas para proteger os bancários. Primeiramente, solicitou a todas as prefeituras que decretassem a redução do número de bancários em trabalho presencial e a redução do horário de funcionamento das agências.
A entidade também participou da elaboração de protocolos que preveem fechamento e higienização de agências em casos de Covid-19 — apesar de que isso chegou a ser desrespeitado por alguns gestores.
Além disso, integrou-se à “Rede Bauru Solidária” (que arrecadou fundos para combater o coronavírus), distribui mil máscaras à população e comprou mais de 2 mil testes rápidos, que foram oferecidos a bancários e a terceirizados de toda a região.
Fora as medidas ligadas diretamente à saúde dos trabalhadores, o Sindicato fechou acordos com os bancos privados para que não demitissem durante a pandemia (o que só foi cumprido até a assinatura da nova convenção coletiva), lutas contra as reestruturações da Caixa (no começo e no fim do ano), contra o desmonte e os descomissionamentos do Banco do Brasil, contra a cobrança de metas (em especial nos celulares particulares dos funcionários), contra as demissões durante a pandemia, contra os aumentos abusivos e a inviabilização do Economus.
Bolsonaro também atacou os bancários com a MP 905 (que previa a abertura de agências aos sábados e a implementação da jornada de 8 horas para todos os bancários) e com a MP 995 (que permitia o fatiamento da Caixa através da venda de suas subsidiárias sem aprovação do Congresso). Felizmente, por pressão popular, as MPs não foram votadas e caducaram.
O Sindicato também apoiou a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) ajudando nas eleições do Rio Grande do Sul e do Pará e atuando em conjunto na campanha salarial para tentar evitar a assinatura da CCT no modelo de dois anos sem reajuste acima da inflação.
Mesmo diante de tudo isso, o Sindicato não fechou suas portas por nem um dia, acompanhando os bancários em cada luta. Seguimos juntos em 2021!
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Em janeiro, o Sindicato realizou um protesto em frente à agência Bauru da Caixa Econômica Federal, no Centro de Bauru, com o mote “Em seu aniversário, Caixa é um bolo prestes a ser fatiado”.
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Em fevereiro, Sindicato realizou o protesto “Quinta-Feira 13: Reestruturação da Caixa é um terror”
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Em fevereiro, o Sindicato passou por todas as agências do Banco do Brasil em Bauru protestando, junto aos funcionários, contra o desmonte da instituição.
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Em março, o Sindicato fiscalizou as agências bancárias de Bauru para averiguar se o decreto municipal estava sendo cumprido. De acordo com o decreto, os bancos estavam autorizados a realizar somente serviços de compensação bancária, de redes de cartões de crédito e débito, serviços correlatos aos caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais. O atendimento presencial só estava autorizado para idosos, gestantes e pessoas vulneráveis. Além disso, os bancos deveriam reduzir o número de funcionários trabalhando sob regime presencial, em pelo menos 50%.
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Em março, o Sindicato se une a funcionários da Paschoalotto em protesto. Na foto, diretora Priscila Rodrigues reivindica o fechamento do local para evitar a transmissão do coronavírus entre os funcionários, que trabalhavam em salas fechadas e em mesas lado a lado
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Em abril, o Sindicato flagrou o Mercantil do Brasil descumprindo decreto municipal e realizou um protesto, com a presença da “morte”
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Em junho, o Sindicato lançou uma campanha contra demissões na categoria. Com o slogan “Lucro acima de tudo, ganância acima de todos”, a campanha teve intuito de protestar contra as demissões que voltaram a ocorrer nos bancos, mesmo diante da pandemia de coronavírus
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Em julho, Sindicato denunciou Banco do Brasil ao MPT por retorno ao trabalho presencial
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Em julho, o Sindicato protestou contra o descaso e irresponsabilidade do Banco do Brasil com os casos de Covid-19 na agência da Virgílio Malta
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Em agosto, o Sindicato dos Bancários de Bauru adquiriu testes rápidos de Covid-19 para bancários e terceirizados
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Em dezembro, o Sindicato protestou contra demissões no Bradesco. Com personagens de desenhos e palhaço, diretores da entidade denunciaram à população a postura do banco que “brinca” com os bancários, ao enganá-los que não haveria mais desligamentos.
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Em dezembro, o Sindicato realizou o protesto “Infeliz Natal!” no Santander do Altos da Cidade, contra as demissões ocorridas durante a pandemia, inclusive às vésperas do Natal