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PF investiga financiamento do governo Bolsonaro a sites antidemocráticos

18/09/2020

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Um relatório parcial da Polícia Federal, produzido no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal sobre a realização de atos antidemocráticos (contra o Congresso Nacional e o STF), aponta pela primeira vez a relação dessas manifestações com o governo Bolsonaro e apura se a publicidade oficial foi utilizada para direcionamento de recursos públicos.

Indícios de que o governo financiou pessoas e páginas na internet dedicadas à propagação desses atos chegaram à PF por meio da CPMI das Fake News do Congresso Nacional, que enviou à investigação informações de que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) veiculou publicidade em sites que propagam ações antidemocráticas.

No relatório, a delegada Denisse Dias Ribeiro afirma que o objetivo da investigação é saber se integrantes do governo federal agiram por ação deliberada ou por omissão no financiamento dessas páginas.

“Outro ponto a ser elucidado (e que complementarão a análise do material já em curso) é se essa conduta ocorreu por vínculos pessoais/ideológicos entre agentes públicos e os produtores de conteúdo ou mesmo por articulação entre ambos”, escreveu a delegada.

A PF apura também se os gestores públicos criaram critérios objetivos (palavras-chave, filtros ou bloqueios) que evitassem que a propaganda do governo federal fosse veiculada e monetizasse canais que difundem ideias contrarias à democracia.

O relatório policial também afirma que há “vínculos, ainda não totalmente esclarecidos”, do grupo investigado por fazer propagandas e promover os atos antidemocráticos com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves. O documento aponta que a ativista de extrema direita e uma das coordenadoras do movimento “300 do Brasil”, Sara Giromini, ocupou um cargo na pasta.

A investigação também aponta que Sandra Mara Volf Pedro Eustáquio, mulher do blogueiro Oswaldo Eustáquio, hoje tem cargo na Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial. Além delas, Renan Sena, que é investigado por envolvimentos nos atos antidemocraticos, foi terceirizado de uma empresa prestadora de serviços para o mesmo ministério.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, se for comprovado que o governo Bolsonaro financiou sites antidemocráticos, haverá mais uma prova de que o presidente não pode continuar no poder.

É importante ressaltar que Bolsonaro já participou de diversas manifestações antidemocráticas em Brasília contra o STF e o Congresso. Mesmo diante de uma pandemia que já matou 134.935 pessoas, o presidente continua incentivando seus seguidores a aglomerarem nesses atos inconstitucionais e os presenteando com sua companhia, sem o uso de máscara. Inaceitável!

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