Na reunião de ontem, dia 20, em vez de apresentar aos bancários uma proposta global, uma resposta a todas as principais reivindicações da categoria, a Fenaban propôs, apenas, acabar com a 13ª cesta alimentação e reduzir o valor das gratificações de função. Os banqueiros só podem estar brincando!
Essa piada de mau gosto veio logo depois daquela outra, da redução do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que foi contada na reunião de terça-feira, 18.
Segundo os cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), levando-se em conta a redução da PLR, a redução da gratificação e o fim da 13ª cesta, a renda anual dos bancários decairia, em média, R$ 13.282,57.
Obviamente, os representantes do movimento sindical que participam das negociações rejeitaram todas essas “propostas” da Fenaban imediatamente, e uma nova reunião foi marcada para a tarde de hoje, 21. Além disso, há reuniões agendadas para os dias 25, 26, 27 e 28 — terça, quarta, quinta e sexta-feira da semana que vem.
A presidente da Contraf/CUT, Juvandia Moreira, afirmou que “se [os bancos] insistirem em retirar direitos vão jogar a categoria para greve”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, no entanto, tudo isso tem cheiro de marmelada.
Sindicatos ligados à CUT, como o do Município do Rio de Janeiro, falam que estão cobrando já uma “proposta final”. Eles já têm na ponta da língua a “justificativa” de que a CCT e muitos acordos coletivos vencem no dia 1º de setembro.
As assembleias, nos sindicatos cutistas, ocorrem na terça-feira, 25, às 19 horas.