O Santander Brasil anunciou ontem, 29, que teve lucro líquido de R$ 5,989 bilhões no primeiro semestre, 15,9% menor que o lucro do mesmo período do ano passado. Esse número refere-se ao lucro “gerencial”, que exclui eventos extraordinários. O lucro líquido “societário”, que inclui todos os eventos, foi de R$ 5,8 bilhões, 15% menor.

As despesas de provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 11,181 bilhões nos primeiros seis meses do ano, sendo R$ 3,2 bilhões de despesa extraordinária para este cenário “de estresse” por causa da pandemia. Não fosse por esse “extra”, o lucro líquido gerencial do semestre teria crescido 8,8%.

Apesar do Brasil ter contribuído com 32% do lucro mundial do Grupo Santander no primeiro semestre, o banco fechou 2.564 postos de trabalho em 12 meses (ao fim de junho, contava com 46.348 empregados), bem como 93 agências e 26 PABs.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lembra que a instituição espanhola, assim como os demais grandes bancos do Brasil, assumiu o compromisso de não desligar trabalhadores na pandemia, aderindo, inclusive, ao abaixo-assinado “Não Demita”.

Também ontem o Bradesco anunciou lucro líquido recorrente (que exclui eventos extraordinários) de R$ 7,626 bilhões nos primeiros seis meses de 2020, 40% menor que o do mesmo período do ano passado. O lucro líquido contábil foi de R$ 6,888 bilhões, 41,9% menor.

As despesas de PDD somaram R$ 15,598 bilhões no primeiro semestre, tendo crescido 120% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O banco ainda fechou 3.099 postos de trabalho, sendo 2.411 de funcionários e 688 de “contratados e estagiários”. Fechou também 414 agências, apesar de ter aberto 418 PAs.