Ontem (12), o Brasil se tornou o sétimo país com mais casos confirmados de Covid-19 no mundo. Até esta quarta-feira, foram registradas 12.531 mortes e 179.457 casos confirmados. No entanto, as estatísticas são subnotificadas, já que não há uma política de testagem em massa no País.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de testar maciçamente a população para enfrentar a disseminação do novo coronavírus, mas dos países com mais de 20 mil infectados, o Brasil é um dos piores em relação a testagem por 1 milhão de habitantes. Somente Paquistão, Índia e México, de um total de 27 na lista, tem capacidade menor do que a brasileira em relação a diagnóstico de casos.
Em Lençóis Paulista (SP), cidade que faz parte da base territorial do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, após o início da testagem em massa na cidade, um frigorífico e uma multinacional de celulosa descobriram que mais de 30 funcionários estavam infectados por coronavírus. Os trabalhadores agora estão em isolamento social.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a testagem em massa é fundamental no combate ao coronavírus. Com o alastramento da pandemia, o número real de trabalhadores que contraíram a doença pode ser bem maior do que se tem nos balanços oficiais e muitas pessoas poderão morrer antes mesmo de serem testadas ou da conclusão do exame.
Na sexta-feira (8), o Sindicato ajuizou uma ação civil pública pedindo que todos os bancos sejam obrigados a oferecer testes de Covid-19 para os empregados que prestarem serviço presencial. Junto com o isolamento social, essa é a melhor maneira de achatar a cruel curva de disseminação do vírus.