Na última quinta-feira, 30, o Bradesco anunciou que obteve lucro líquido recorrente de R$ 3,753 bilhões no primeiro trimestre. O montante é 39,8% menor que o obtido no mesmo período de 2019.
A “queda” do lucro, porém, deve-se à elevação brutal das despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD). O banco adicionou R$ 2,7 bilhões extras à parcela já pré-existente de PDD. No critério expandido, “o Bradesco registrou R$ 6,708 bilhões em despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos […] para se proteger do impacto do coronavírus sobre clientes, alta de 86,1% frente igual período de 2019”, informa o site de notícias InfoMoney.
Segundo o Bradesco, as provisões foram reforçadas como consequência do cenário econômico adverso, que poderá resultar no aumento do nível de inadimplência em meio à falência de empresas, elevação do desemprego e degradação do valor das garantias.
Para efeito de comparação, no dia 28 o Santander anunciou crescimento de 10,5% em seu lucro líquido gerencial do primeiro trimestre, que chegou a R$ 3,853 bilhões. Se o Bradesco não tivesse adicionado a provisão extra às suas despesas de PDD, seu lucro líquido recorrente seria de aproximadamente R$ 6,453 bilhões, superior ao do mesmo período de 2019.
Mais de 2 mil postos de trabalho fechados
Ao fim do mês de março, o Bradesco contava com 1.922 funcionários a menos, na comparação com março do ano passado, e também com 199 “contratados e estagiários” a menos. Além disso, o banco fechou 194 agências, embora tenha aberto 179 PAs.