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Assédio moral na CEF: Movimento sindical exige adequação do TDV e fim das cobranças de hora em hora

Sindicato orienta os bancários a registrarem todas as condutas abusivas

09/04/2025

Bancos: Caixa Econômica Federal

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O movimento sindical se reuniu, no dia 25 de março, com os vice-presidentes de Pessoas e de Rede da Caixa Econômica Federal para cobrar melhorias das condições de trabalho, com enfoque no combate ao assédio moral.

A conduta abusiva da CEF, por meio de TDV (Time de Vendas), ranqueamento individual e divulgação de rankings, foi criticada pelos representantes dos trabalhadores. A prática de exposição do ranking individual dos empregados infringe a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Foi solicitado que o TDV, que é um índice semestral, sofra adequações para períodos de férias dos trabalhadores. Atualmente, quando o empregado sai de férias, precisa cumprir em cinco meses a meta estabelecida para o período de seis meses. O impacto do resultado da atuação/desempenho dos correspondentes no TDV das unidades também foi ressaltado.

Cobranças de hora em hora

A cobrança abusiva de metas, com exigências realizadas de forma constante e, muitas vezes, de hora em hora, também foi rechaçada. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a pressão por resultados na CEF ultrapassa os limites do que é aceitável no ambiente de trabalho. Exigir o cumprimento de metas a cada hora, com monitoramento excessivo e constrangimento, é uma forma clara de assédio moral. A prática, inclusive, tem causado o adoecimento mental dos empregados.

Importante lembrar que o Sindicato conquistou na Justiça a proibição da Caixa de divulgar o rankeamento individual dos resultados dos empregados. O banco também foi condenado ao pagamento de multa normativa, por descumprir cláusula prevista em convenção coletiva, e à indenização por danos morais, no importe de R$ 20 mil a cada empregado (veja mais aqui).

Com base nessa vitória, a entidade orienta todos os bancários a documentarem detalhadamente essas situações. É importante anotar datas, horários, conteúdos das cobranças, nomes dos envolvidos e, se possível, guardar e-mails, mensagens e gravações que comprovem o abuso. Esses registros são fundamentais para que as denúncias sejam apuradas e as medidas cabíveis possam ser tomadas.

O Departamento Jurídico está à disposição para orientar e tomar providências em defesa dos direitos dos trabalhadores. Entre em contato: (14) 99867-9635.

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