No dia 29 de outubro, policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) do Rio de Janeiro realizaram uma operação para desarticular esquema de fraudes praticadas no Banco do Brasil. Seis mandados de busca e apreensão, na capital, na Baixada Fluminense e no estado do Mato Grosso foram cumpridos. De acordo com as investigações, a quadrilha contava com a colaboração direta de um gerente do Mato Grosso, um funcionário da área de tecnologia da informação e terceirizados da instituição.
A organização criminosa era altamente especializada na prática de invasão de dados, alteração de informações cadastrais e subtração de valores diretamente do BB. O prejuízo causado pelo grupo seria de mais de R$ 40 milhões, segundo as investigações.
“Esses colaboradores facilitavam a inserção de scripts maliciosos nos sistemas, permitindo que os criminosos acessassem remotamente computadores da instituição e obtivessem controle sobre informações sigilosas. Com esse acesso, os envolvidos realizavam transações bancárias fraudulentas em nome dos clientes, cadastravam equipamentos, alteravam dados cadastrais e modificavam dados biométricos”, explicou a polícia.
Apuração interna
Em nota, o Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna, que detectou as irregularidades na conduta de funcionários. A instituição afirmou que colabora com as autoridades na investigação de fraudes com repasse de informações.
As normas internas do BB estabelecem punições aos trabalhadores que se envolvem em irregularidades como essa. Elas vão desde advertência e suspensão até destituição do cargo e demissão.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia a conduta criminosa desses funcionários do Banco do Brasil e espera que eles sejam devidamente punidos. Situações como essa intensificam o posicionamento da entidade contra a terceirização no setor bancário. Todas as informações relacionadas a clientes de qualquer instituição devem ser mantidas em completo sigilo!