O setor bancário extinguiu cerca de 70 mil postos de trabalho de janeiro de 2014 a abril deste ano. No mesmo período, foram fechadas 5.716 agências. Os dados concedidos pelo Dieese foram citados em uma reportagem do Estadão, publicada no dia 5, sobre “como a digitalização mudou a cara dos bancos no Brasil”.
Após a pandemia, com a expansão dos serviços digitais, o fechamento de agências bancárias se intensificou. Como consequência, o número de trabalhadores também reduziu. Em março deste ano, o volume de demissões foi 39% maior que a média mensal de 2022, quando o número de desligamentos chegou a 1.474. Já o número de contratações foi 16,5% abaixo da média mensal registrada no mesmo período do ano passado.
Somente no primeiro trimestre deste ano, foram eliminadas 2.662 vagas no setor bancário, enquanto que, no mesmo período de 2022, haviam sido abertas 3.160 vagas. Em contrapartida, houve abertura de postos de trabalho para profissionais de tecnologia da informação, como programadores, analistas e gerentes de produto.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a transformação digital está sendo usada como desculpa pelos bancos para justificar a redução de postos de trabalho. No entanto, na prática, a situação é totalmente diferente: lojas e casas lotéricas fazem serviços bancários e as agências seguem cada vez mais lotadas e sem funcionários suficientes para atender a toda demanda.
