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Autodemissões: Mais de 15 mil bancários foram desligados em 2022

02/03/2023

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No ano passado, o número de desligamentos por pedido no setor bancário cresceu abruptamente. Mais de 15 mil trabalhadores pediram demissão no período.

Em janeiro de 2022, o setor atingiu a proporção mais alta com 51,9% da totalidade das demissões. Apenas nos meses de maio, novembro e dezembro, a proporção ficou abaixo de 40% do total dos desligamentos.

De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as principais hipóteses que justificam esses pedidos de demissão são: o aumento na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro com migração de trabalhadores para fintechs e corretoras de valores; facilidade de mudanças promovidas pelo teletrabalho e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas.

“Se custa sua paz, é caro demais!”

Foi o tempo em que os trabalhadores se deslumbravam com o emprego no setor bancário. Apesar do setor continuar sendo atraente por seus salários e benefícios, há anos as condições de trabalho passaram a ser um ponto negativo e até mesmo definitivo na hora de questionar o futuro da carreira e quanto vale o bem-estar mental.

Todos os bancos públicos e privados, sem exceção, têm pressionado seus funcionários com metas abusivas, sobrecarga de trabalho e desvio de função, levando uma boa parcela deles ao adoecimento. Esgotados e no limite do cansaço mental, muitos desenvolvem diversos transtornos, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e síndrome de burnout – distúrbio caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes.

Diante dessa situação, sem saída, muitos tomam a decisão de abrir mão do emprego para que o sofrimento psicológico causado pelo empregador cesse.

Qualidade de vida

Uma pesquisa sobre Tendências Globais de Talentos, que entrevistou no ano passado 10.910 profissionais em 16 países, sendo 500 no Brasil, apontou que 81% dos trabalhadores disseram estar à beira do Burnout. O percentual representa crescimento de 30% em relação a 2020.

O levantamento mostra ainda que 50% dos entrevistados querem um futuro mais equilibrado entre trabalho, vida pessoal e saúde (física, mental e financeira).

A pesquisa destaca que ambientes de trabalho tóxicos prejudicam a saúde dos trabalhadores e, consequentemente, influenciam na produtividade.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os bancos só irão melhorar as condições de trabalho e mudar a postura assediadora, quando sentirem no bolso as consequências da prática.

Acolhimento

Ciente da importância da manutenção da saúde mental e do papel fundamental de acolher os trabalhadores da categoria, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região oferece atendimento psicológico gratuito aos sindicalizados.

As psicólogas responsáveis pelas sessões são as profissionais Ana Letícia San Juan e Mariana Cristina Camilli. Os atendimentos podem ser presenciais ou virtuais, dependendo da disponibilidade dos bancários. As sessões têm duração de 50 minutos.

Para agendar um horário, o bancário sindicalizado deve entrar em contato com a Secretaria da entidade, através da telefone: (14) 99868-5897, ou 3102-7270.

 

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